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Publicado em: 9 outubro 2023 às 21:52 | Atualizado em: 10 outubro 2023 às 09:39

Você conhece o 'Buraco do Inferno'? Ele fica no coração do Brasil; Confira!

A caverna atrai aventureiros em busca de descobertas e beleza incomparáveis – Foto: Reprodução

Explorar as cavernas é uma aventura emocionante, mas também repleta de desafios e riscos. O ‘Buraco do Inferno’ no coração do interior de Goiás, um verdadeiro tesouro escondido, situado a aproximadamente 115 quilômetros do Plano Piloto, no Distrito Federal, e a cerca de 250 quilômetros de Goiânia. A caverna oferece águas azuis e límpidas que atraem os mais aventureiros.

Ao longo dos anos o ‘Buraco do Inferno’ já protagonizou acidentes e mortes – Foto: Reprodução

No entanto, antes de mergulhar nesse enigma natural, é vital compreender e respeitar os perigos que o cercam. E lugares assim o perigo mora ao lado. E o ‘Buraco do Inferno’ coleciona casos emblemáticos de acidentes e morte.

Uma tragédia ocorreu em 1992, quando dois mergulhadores perderam a vida em uma expedição a cerca de 30 metros de profundidade. Esse episódio serve como um triste lembrete do perigo potencial que reside nas profundezas deste abismo. No entanto, mesmo diante desse trágico acontecimento, a inabalável curiosidade em relação a este local misterioso permanece insaciável. Até o momento, apenas cerca de 180 metros de sua profundidade total foram explorados.

O mergulho no ‘Buraco do Inferno’ é um desafio até para os mergulhadores mais experientes em cavernas – Foto: Reprodução

Em abril de 2014, quase ocorreu outra tragédia. Enquanto mergulhadores se encontravam a 20 metros de profundidade, um desmoronamento se sucedeu. Um dos mergulhadores foi atingido por uma pedra e lançado a uma distância de 60 metros. Felizmente, o desfecho foi positivo e todos saíram ilesos dessa experiência arriscada.

Enumerando esses riscos e as precauções essenciais:

  1. Desmoronamentos: Um perigo constante nas cavernas, desmoronamentos podem ocorrer a qualquer momento. Portanto, o mergulhador deve estar ciente disso e evitar áreas suscetíveis a instabilidades. Observar as condições do local e, se possível, contar com orientação de especialistas é fundamental.
  2. Acesso restrito: O ‘Buraco do Inferno’ não é um local de fácil acesso. Autorização do proprietário das terras é necessária para adentrá-lo, e qualquer tentativa sem essa permissão pode resultar em sérias consequências legais.
  3. Profundidade desconhecida: Este local é vasto e misterioso, com grande parte de suas profundezas ainda inexploradas. Mergulhadores devem estar cientes de que o desconhecido pode esconder riscos. Evitar ultrapassar seus limites de profundidade e sempre estar acompanhado por um companheiro é crucial.
  4. Experiência necessária: Mergulho em caverna é uma atividade altamente técnica que requer treinamento e experiência específicos. A segurança deve ser a prioridade, e apenas mergulhadores com a formação adequada devem se aventurar nesse tipo de ambiente.
  5. Visibilidade limitada: Apesar da incrível clareza da água, a escuridão das cavernas pode prejudicar a visibilidade. Utilizar lanternas de mergulho e estar preparado para situações de pouca luz é indispensável.
  6. Potencial para desmoronamento: O incidente de 2014 serve como um lembrete do risco constante de desmoronamentos. Mergulhadores devem estar atentos e tomar medidas rápidas em caso de emergência.
  7. Companheirismo: Mergulhar sozinho em cavernas é extremamente perigoso. Ter um parceiro é essencial para prestar assistência em situações de emergência.
  8. Conhecimento do local: Antes do mergulho, é importante estudar a caverna, entender suas características e riscos específicos, e planejar o mergulho com cuidado.
Essa é uma projeção do interior da cavena – Foto: Reprodução

Explorar o ‘Buraco do Inferno’ é uma aventura que atrai pela beleza, mas nunca se deve esquecer dos riscos envolvidos. Como Fernando Gavazza, um mergulhador que enfrentou a tragédia de 1992, sabiamente afirma, “mergulho em caverna não abre precedentes para erro. É uma atividade que você tem que ter sempre foco. Falhou, é fatal”.

Portanto, para os aventureiros, a lição é clara: mergulho em cavernas requer respeito, preparo e foco absoluto na segurança.

Por Douglas Ferreira