Por Douglas Ferreira
As informações que chegam da Venezuela são preocupantes tanto para o ditador Nicolás Maduro quanto para o povo, que há 24 anos vive sob as ditaduras de Chávez e Maduro. A cada dia, aumenta o número de líderes globais e países democráticos que denunciam fraude nas eleições, e até a Organização dos Estados Americanos (OEA) sinaliza a possibilidade de pedir a prisão de Maduro no Tribunal Internacional.
Enquanto isso, o ditador intensifica a perseguição aos opositores e à população em geral. Já foram confirmadas 12 mortes pela milícia bolivariana de Maduro, e o número de presos pode ultrapassar 100.
Nas ruas de Caracas e em várias cidades venezuelanas, o povo continua a protestar, destruindo estátuas de Chávez e queimando banners gigantes com a imagem de Maduro. O futuro da Venezuela permanece incerto, mas uma coisa é clara: Maduro está cumprindo sua promessa de guerra civil e derramamento de sangue, uma evidência de que perdeu as eleições. Desde o anúncio dos resultados oficiais, no domingo, 28 de julho, que declarou Maduro vencedor com 51% dos votos, a CNE (Conselho Nacional Eleitoral) não apresentou os boletins das urnas para confirmar os dados.
A alegação é de que houve um ataque de hackers no sistema. Se houve ataque como a CNE pode declarar um vencedor? Se não houve ataque, porque não apresenta os boletins de urna?
Edmundo González Urrutia, o opositor de Maduro, estava à frente nas pesquisas de opinião antes do pleito, e a oposição alega que 84% das cópias dos boletins apontam para uma vitória de González. Mesmo com as pressões internas e internacionais, o governo venezuelano não divulgou os boletins de urna até esta quinta-feira, 1º. Enquanto isso, a tensão no país só aumenta.