Por Wagner Albuquerque
Duas explosões mataram nesta quarta-feira, 3, pelo menos 100 pessoas que participavam de uma cerimônia em homenagem a Qassem Soleimani, general morto por um ataque com drone dos Estados Unidos em 2020.
As explosões ocorreram na cidade de Kerman, no sudeste do país, onde Soleimani está enterrado.
Segundo Babak Yektaparast, porta-voz dos serviços de emergência do Irã, ao menos 73 pessoas morreram e 170 ficaram feridas. Mais tarde, a televisão estatal iraniana disse que pelo menos 100 pessoas foram mortas.
Quatro anos da morte de Soleimani
Ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani morreu em janeiro de 2020 em um ataque aéreo com drones, no Iraque.
O governo americano assumiu a autoria do atentado, afirmando que o general tinha “planos para atacar tropas e diplomatas norte-americanos”.
Desejo de vingança
Desde que Soleimani foi morto no Iraque, autoridades iranianas dizem abertamente que o regime do país deseja vingar a morte do general.
O general Amirali Hajizadeh, que comanda a Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária do Irã, afirmou em fevereiro de 2023 que o Irã mantém a expectativa de “poder matar” o ex-presidente dos EUA Donald Trump, autor da ordem do bombardeio em 2020.
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, também prometeu vingança contra os Estados Unidos.
“Não esquecemos e não esqueceremos o sangue do mártir Soleimani. Os americanos devem saber que a vingança pelo sangue do mártir Soleimani é certa, e os assassinos e perpetradores não terão sono fácil”, disse o presidente iraniano em janeiro de 2023.