Por Wagner Albuquerque
A China deu início a uma série de exercícios militares nas proximidades de Taiwan desde quinta-feira, 22. Este movimento militar estratégico, programado para se estender até o dia seguinte, ocorre pouco após a posse do novo presidente taiwanês, Lai Ching-te. A situação eleva as já existentes tensões regionais, considerando o delicado contexto político entre as duas nações. Segundo informações veiculadas pela imprensa estatal chinesa, as atividades envolvem unidades do Exército, Marinha, Aeronáutica e forças de mísseis. Estas manobras estão ocorrendo especificamente ao norte, sul, e leste de Taiwan, abrangendo também as ilhas sob controle taiwanês, como Kinmen e Matsu. O propósito declarado é testar as capacidades de combate real das forças combinadas chinesas.
Responder a ameaças militares não é novidade para Taiwan, que já esperava por esse tipo de operação, conforme declarações de uma autoridade local à Reuters. A mesma fonte expressou frustração com a escolha da China pelo caminho da escalada militar, criticando a decisão como uma ação que compromete a paz na região. De acordo com a posição oficial do Exército de Libertação do Povo Chinês, os exercícios não apenas testam a eficácia militar, mas também servem como uma resposta aos movimentos independentistas de Taiwan, além de enviar um claro aviso contra a interferência de forças externas. Este conjunto de ações destaca o uso de exercícios militares como ferramenta de política externa e estratégia de intimidação por parte de Pequim.
A estratégia militar chinesa em relação a Taiwan e sua execução através de exercícios frequentes têm implicações profundas para a estabilidade regional. Estes movimentos podem influenciar não apenas as relações bilaterais entre China e Taiwan, mas também as relações da China com outras potências globais que têm interesses na região. A continuidade de tais operações militares poderá também impactar as economias locais, dada a incerteza que gera no cenário internacional. Em conclusão, enquanto o governo de Taiwan busca afirmação soberana e apoio externo, a China utiliza sua força militar para reiterar suas reivindicações territoriais e políticas. O resultado dessas ações ainda está para ser visto, mas é claro que o futuro da região fica cada vez mais dependente de manobras políticas e militares cuidadosamente calculadas por ambos os lados.
Segundo a Global Press ela informa que a China invadirá Taiwan no início de junho.