Por Wagner Albuquerque
Em virtude das tragédias climáticas enfrentadas no estado do Rio Grande do Sul, o governo federal optou por adiar as provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), que estavam previstas para o próximo domingo (5).
O adiamento foi decidido devido às intensas chuvas que assolam o estado do Rio Grande do Sul. No dia 2 de maio, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, liderado pela ministra Esther Dweck, havia anunciado a manutenção da prova, inclusive no RS. Contudo, frente aos estragos causados pelas chuvas, o governador Eduardo Leite solicitou o adiamento em 1º de maio. Em 3 de maio, a bancada gaúcha de deputados federais e senadores pressionou pelo adiamento. O procurador Enrico Rodrigues de Freitas, do Ministério Público Federal, também questionou o Ministério da Gestão sobre a possível suspensão das provas e as medidas a serem adotadas em relação aos candidatos gaúchos, caso o concurso ocorresse no domingo.
Em relação às chuvas no Rio Grande do Sul, a Defesa Civil divulgou, em 3 de maio, que o número de mortos aumentou para 37. A tragédia atingiu 235 municípios, deixando 74 feridos, 74 desaparecidos, 23.598 desalojados e 7.949 abrigados em locais seguros. Os óbitos foram registrados em diversas cidades do estado.
Diante do cenário catastrófico, o governo gaúcho decretou estado de calamidade pública por 180 dias. O decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial em 1º de maio, determina que os órgãos públicos, em conjunto com a Defesa Civil, prestem apoio imediato aos mais de 100 municípios atingidos pelas chuvas.