Por Douglas Ferreira
A situação precária da educação superior no Brasil vem se destacando, especialmente com a greve em mais de 100 universidades e institutos federais. Esta paralisação é apenas um sintoma visível de uma série de problemas que assolam o ensino superior no país. A falta de verba é uma das questões mais urgentes, com universidades enfrentando dificuldades para fechar o ano de 2024.
Ao portal Metropoles, Márcia Abrahão, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitora da Universidade de Brasília (UnB), ressalta que o orçamento atual é “insuficiente” para as atividades das universidades federais. Ela enfatiza que “o financiamento necessário para 2024 seria de aproximadamente R$ 8,5 bilhões, um aumento significativo em relação aos atuais R$ 6,1 bilhões”.
O governo tem sido alvo de críticas, especialmente por parte dos reitores das instituições federais, que reclamam da falta de ações e repasses para o ensino superior público. Além do reajuste e da reestruturação da carreira, há uma demanda por mais investimentos nas universidades e institutos federais, destacando a escassez de recursos para pesquisa e manutenção das instituições.
Márcia Abrahão aponta que até o momento mais da metade do orçamento previsto para 2024 já foi utilizado pelas universidades, o que levanta preocupações sobre a possibilidade de fechar o ano. Ela espera que a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na próxima semana aborde questões relacionadas ao repasse federal, ao “Novo PAC das Universidades” e à greve dos docentes e técnicos.
Além disso, há discussões em andamento sobre um modelo de financiamento permanente para as universidades federais, visando garantir uma fonte estável de recursos. Abrahão destaca a importância de uma abordagem integral da educação, desde a creche até a pós-graduação, e critica a subfinanciamento das instituições federais.
Em resposta, o Ministério da Educação destaca o compromisso do governo federal com o fortalecimento das universidades e institutos federais, mencionando esforços para a recomposição orçamentária e repasses de recursos para manutenção e infraestrutura, além de prometer complementação através do PAC das Universidades, porém sem fornecer informações sobre possíveis aumentos no orçamento deste ano.
Além disso, não mencionou a paralização de mais de cem instituições de ensino superior em função da greve-geral de professores e técnicos administrativos. Em alguma universidades e institutos a greve já se arras por quase dois meses. Aqui no Piauí docentes e técnicos estão literalmente com os braços cruzados,