Por Douglas Ferreira
O Brasil se destaca como um dos poucos países no mundo que realiza eleições a cada dois anos, um modelo eleitoral que se revela oneroso para o cidadão. As eleições federais, que incluem a escolha do presidente, senadores e deputados federais, coincidem atualmente com as eleições estaduais para governadores e deputados estaduais. Desde 1988, as eleições municipais, responsáveis pela escolha de prefeitos e vereadores, são realizadas dois anos antes e depois das eleições federais.
No entanto, esse modelo eleitoral pode estar prestes a ser transformado, pois o Brasil está considerando a unificação das eleições. O Congresso analisará essa proposta em 2024, uma vez que os senadores reconhecem que o país gasta consideráveis recursos financeiros e energéticos a cada dois anos para realizar eleições.
Quando o Congresso, liderado por Rodrigo Pacheco, retomar suas atividades em fevereiro, algumas prioridades na área eleitoral estarão em pauta. Além da discussão sobre o fim da reeleição, que não afetaria Lula e políticos ainda em ciclo de renovação de mandato, os senadores examinarão a viabilidade de unificar o calendário eleitoral. Isso significaria que o Brasil teria eleições apenas a cada quatro anos, em vez de a cada dois. A questão que se coloca é se essa seria uma alternativa para a atual crise política no país e se a unificação das eleições traria benefícios em termos de economia e coesão nacional.
Os senadores argumentam que o país gasta significativamente em eleições a cada dois anos. Segundo as estimativas de Rodrigo Pacheco, apenas o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, consome mais de R$ 11 billhões por ano no atual modelo eleitoral. A proposta em discussão sugere a realização de eleições gerais a cada cinco anos, visando reduzir esses custos. Entenderam?