Por Douglas Ferreira com informações Bloomberg
Após uma década de existência, a CloudWalk, um unicórnio brasileiro de pagamentos, agora alça voos internacionais com sua estreia nos Estados Unidos. O CEO, Luis Silva, planeja levar tecnologias como o “tap-to-pay” a comerciantes norte-americanos, com visões de expansão global e, futuramente, interplanetária.
Sedimentada em São Paulo, a CloudWalk atingiu o ponto de equilíbrio no ano passado, contando com 1,1 milhão de clientes que geram aproximadamente US$ 400 milhões em receita anual, conforme revelado por Silva em entrevista à Bloomberg News.
A última rodada de financiamento em 2021 avaliou a empresa em US$ 2,15 bilhões, com investidores notáveis como Coatue e Valor Capital. O CEO agora tem a mira nos Estados Unidos, onde pretende introduzir o aplicativo Jim.com em cidades como Nova York, São Francisco e Austin, oferecendo soluções de pagamentos inovadoras para impulsionar os negócios dos comerciantes.
Embora os Estados Unidos estejam atrás do Brasil em termos de pagamentos digitais, Silva enxerga a escala proporcionada pelo volume de transações norte-americano como uma oportunidade significativa. Além disso, a CloudWalk planeja expandir para outros mercados, incluindo a Ásia e o Oriente Médio.
A empresa, conhecida por produtos como o InfinitePay, que transforma smartphones em leitores de cartão, emprega cerca de 500 profissionais distribuídos em 15 países. A inteligência artificial é uma peça fundamental em suas operações, automatizando diversas atividades, desde o atendimento ao cliente até conformidade.
Com o objetivo ambicioso de se tornar uma “solução de pagamentos interplanetários,” Silva, inspirado por sua experiência na NASA e na Long Now Foundation, planeja que a CloudWalk seja uma rede global de pagamentos com valor de mercado de US$ 1 trilhão. O CEO enxerga um futuro em que os humanos possam precisar realizar transações em outros planetas, considerando os planos de colonização de Marte propostos por visionários como Elon Musk. A empresa, atualmente rentável, pode considerar uma nova rodada de financiamento antes de uma possível oferta pública inicial (IPO), prevista para o final de 2025 nos EUA.