José Ricardo Costa Macedo, ex-procurador chefe da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, encontra-se sob os holofotes de uma operação policial que visava apreender seu celular. As acusações contra Macedo giram em torno de um suposto esquema de fraude para a admissão de alunos no curso de medicina em Caxias/MA.
Investigações apontam que procurador, entre 2018 e 2020, José Ricardo teria comercializado vagas no curso de medicina da UEMA para quatro alunas originárias de uma Faculdade de Medicina no Paraguai. Essas vagas teriam sido obtidas mediante pagamentos de 10 a 15 mil reais por vaga. Em um dos incidentes, a matrícula de uma aluna teria sido realizada sem a apresentação de qualquer documentação. A matricula dela baseou-se unicamente na ordem de José Ricardo.
Nas outras situações, decisões judiciais falsas teriam sido forjadas. Tudo para garantir a matrícula das alunas no curso de medicina. A Superintendência de Prevenção e Combate à Corrupção – SECCOR, relata que esse esquema enganoso foi posto em prática.
Durante a manhã da sexta-feira, 11, agentes policiais buscaram residências vinculadas a José Ricardo. Ele foi encontrado em São José de Ribamar, onde teve o celular apreendido. A delegada Katherine Chaves informou que Macedo se recusou a cooperar com a investigação e negou o acesso à senha do celular, que será submetido à perícia.
Em resposta a essa operação, a UEMA foi notificada e tomou medidas em relação às alunas beneficiadas pelo esquema. Elas tiveram a matrícula suspensa e estão proibidas de frequentar as aulas na instituição.
As ações empreendidas pela polícia revelam um caso alarmante de corrupção no sistema educacional. Um esquema criminoso que abala a confiança na integridade dos processos de admissão e destaca a necessidade de medidas rigorosas para combater tais práticas ilícitas.
Por Douglas Ferreira com informações do g1 MA