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Publicado em: 3 junho 2024 às 08:05 | Atualizado em: 3 junho 2024 às 08:11

Trump adere ao TikTok para alcançar eleitorado jovem e supera Joe Biden em 24 horas

Por Wagner Albuquerque

Donald Trump. Foto: Reprodução.

Em menos de 24 horas após estrear no TikTok, na noite de sábado (1), o ex-presidente Donald Trump alcançou a marca de 3,5 milhões de seguidores na rede social que tentou proibir durante seu mandato em 2020.

A contradição não é exclusiva de Trump: a campanha eleitoral de Joe Biden, que concorre contra Trump nas eleições presidenciais de novembro, também está utilizando o TikTok para alcançar eleitores. Isso ocorre apesar de o atual presidente ter sancionado uma lei, votada no Senado, que obriga a holding ByteDance a vender a plataforma ou encerrar suas operações no país, onde conta com 170 milhões de usuários.

Embora o TikTok tenha caído em desgraça nos meios políticos dos EUA devido a acusações de risco de acesso aos dados dos usuários pelo governo chinês, ele é uma poderosa plataforma para os candidatos se comunicarem com os jovens. Em uma campanha eleitoral, nada pode ser desprezado. Se o número de seguidores na rede social indicar alguma tendência do eleitorado, Biden deve se preocupar: sua conta, aberta em fevereiro, não chega a 350 mil seguidores.

O primeiro vídeo da conta @realdonaldtrump no TikTok, com 15 segundos de duração, mostra Donald Trump em uma luta do Ultimate Fighting Championship em Nova Jersey, apresentado por Dana White, presidente do UFC. A edição destaca o candidato sendo aplaudido por fãs. Trump afirma que é “uma honra” estar no TikTok e conclui: “foi uma boa caminhada, certo?”.

Confira o primeiro vídeo do ex-presidente na rede social TikTok:

@realdonaldtrump Launching my TikTok at @UFC ♬ original sound – President Donald J Trump

A decisão sobre o futuro do TikTok nos EUA pode ficar para o próximo presidente, seja ele Donald Trump ou Joe Biden. A lei aprovada em abril determina nove meses para que a rede social seja vendida ou tenha que deixar de funcionar nos EUA, prazo que pode ser estendido por mais seis meses. No entanto, a ByteDance promete lutar. Em maio, a empresa chinesa entrou com um processo para tentar revogar a lei, argumentando que ela viola a liberdade de expressão.