Por Douglas Ferreira
Parece que a atuação do Exército Brasileiro nas operações de resgate no Rio Grande do Sul tem sido tudo, menos eficiente. Relatos e vídeos que circulam nas redes sociais mostram militares passivos, cruzando os braços enquanto veículos especializados ficam parados à beira d’água, ignorando a urgência das situações. Nem mesmo as lanchas da corporação parecem estar em movimento, enquanto civis, em pequenas embarcações, se arriscam para salvar vidas.
Agora, somando-se a esse panorama desolador, surge a notícia de um acidente fatal envolvendo uma viatura militar e um veículo particular. Três mortes e dois feridos são o saldo desse trágico evento. O Exército, instituição que deveria ser referência em preparo e resposta a emergências, parece estar falhando em cumprir seu papel fundamental de proteger vidas.
Com base nas informações fornecidas pela concessionária CCR ViaSul, o acidente em Esteio ocorreu por volta das 19h, nas proximidades do quilômetro 4 da rodovia. O veículo menor, com cinco ocupantes a bordo, lamentavelmente teve três de seus passageiros falecidos imediatamente no local da colisão. Os dois sobreviventes foram conduzidos em estado grave para receber atendimento médico no hospital São Camilo.
Ao invés de serem heróis, estão contribuindo para o aumento do número de vítimas
Onde está o preparo e a prontidão tão exaltados? Por que o Exército, que outrora era respeitado e admirado, agora parece estar tão desconectado das necessidades reais da população? Afinal, sabe-se que as Forças Armadas do Brasil possui expertise para equacionar situações assim, como a montagem de pontes emergenciais em questão de horas. Cadê toda a experiência e eficiência do Exército?
Essas são perguntas que o Exército precisa responder não apenas aos gaúchos, mas a todos os brasileiros. É hora de prestarem contas e explicarem por que falharam em evitar essa tragédia e em agir de forma eficaz diante do perigo iminente.
Enquanto isso, o Rio Grande do Sul enfrenta uma crise sem precedentes, com chuvas torrenciais causando o pior desastre ambiental de sua história. Estradas desmoronadas, pontes destruídas e comunidades inteiras isoladas são apenas algumas das consequências desse cenário caótico. Enquanto as autoridades contabilizam os danos, cabe também questionar se os recursos estão mesmo chegado ao Estado e aos municípios e sendo utilizados de maneira adequada para lidar com essa situação de calamidade pública.