Por Douglas Ferreira
Indubitavelmente, esta década será marcada por uma transformação significativa na mobilidade urbana. Em paralelo ao desenvolvimento do ‘carro voador’, a indústria automotiva busca modernizar-se para acompanhar a revolução dos tempos contemporâneos. Além de explorar alternativas ao combustível fóssil, como o investimento em hidrogênio verde, por exemplo, a busca pelo aprimoramento das baterias para proporcionar maior autonomia também está no centro das atenções. Algumas montadoras estão fazendo investimentos substanciais nessa área, e a Toyota, montadora japonesa, é uma delas, prometendo lançar carros elétricos com bateria de estado sólido para garantir uma autonomia estendida.
Essa estratégia da Toyota visa recuperar o terreno perdido para concorrentes como a Tesla e empresas chinesas, como a BYD, que têm dominado o setor. O anúncio foi feito por um executivo durante uma cúpula de investimentos na Índia, onde a montadora planeja lançar veículos elétricos com bateria de estado sólido nos próximos anos. Essa tecnologia promete recargas mais rápidas e uma autonomia substancialmente maior para os veículos elétricos.
No ano anterior, a Toyota e a refinaria de petróleo Idemitsu Kosan anunciaram uma parceria para desenvolver e produzir em massa baterias de estado sólido, com planos de comercialização entre 2027 e 2028, seguidos pela produção em larga escala. O diretor da Toyota Kirloskar Motor na Índia, Vikram Gulati, afirmou que esses veículos carregados com baterias de estado sólido poderão ser carregados em apenas 10 minutos, oferecendo uma autonomia impressionante de 1.200 quilômetros, com uma expectativa de vida útil significativamente robusta.
Ao discutir os planos da Toyota para baterias de estado sólido na Índia, Gulati destacou a abordagem da montadora, que considera diversas opções de tecnologia sustentável adaptadas às características específicas de cada país, mercado e preferências do cliente. Ele mencionou que, no momento, combustíveis flexíveis e etanol podem ser opções óbvias e imediatas para o mercado indiano.
