Por Wagner Albuquerque
Na noite de quinta-feira, 18 de julho, um terremoto de magnitude 7,3 atingiu a região de Antofagasta, no Chile, próximo ao deserto do Atacama. O evento sísmico provocou um tremor que foi sentido em São Paulo, causando surpresa e apreensão entre os moradores, que compartilharam suas experiências nas redes sociais.
O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) informou que o terremoto chileno ocorreu a uma profundidade de aproximadamente 115 quilômetros. A capital paulista, localizada sobre uma bacia sedimentar que amplifica as ondas sísmicas, pode sentir tremores de eventos sísmicos ocorridos em regiões distantes, como os Andes, especialmente em áreas mais elevadas e em prédios.
O grupo da USP tranquilizou a população ao afirmar que, apesar da sensação estranha, as chances de danos estruturais devido a um tremor a essa distância são bastante pequenas. Diversos moradores da grande São Paulo relataram a experiência, descrevendo sensações de balançamento lateral e objetos em movimento dentro de suas casas.
Entre os relatos recebidos, Raysa S., da Vila Clementino, descreveu uma sensação de tontura e objetos balançando em seu apartamento, enquanto Sheila e Marcela mencionaram estralos nas janelas e luminárias balançando. Alguns moradores chegaram a sair de seus prédios em busca de segurança, e vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram objetos em movimento devido ao tremor.
O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile (SENAPRED) informou que o terremoto ocorreu a cerca de 20 km ao sul de San Pedro de Atacama e afetou as províncias de Tarapacá, Antofagasta, Atacama, Coquimbo, Arica e Parinacota. O presidente chileno, Gabriel Boric, declarou que não há relatos de feridos ou grandes danos, e as equipes estão avaliando a situação. Tremores secundários foram registrados após o evento principal.