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Publicado em: 23 maio 2024 às 07:36 | Atualizado em: 23 maio 2024 às 07:37

Temu inicia operações no Brasil e entra na briga com Shopee, Shein e Amazon

Por Wagner Albuquerque

Foto: Reprodução.

A Temu, uma significativa empresa de comércio eletrônico da China, acaba de ganhar autorização para operar no Brasil. A permissão, oficializada pelo Diário Oficial da União, promete impactar consideravelmente o cenário do e-commerce no país. A autorização para a gigante chinesa se enquadra no programa Remessa Conforme, que permite a venda de produtos estrangeiros sem a incidência dos habituais 60% de imposto de importação, desde que o valor seja inferior a 50 dólares americanos. No entanto, o ICMS de 17% sobre o valor das mercadorias ainda será aplicado.

Para os consumidores brasileiros, isso representa uma nova oportunidade de adquirir produtos internacionais com preços potencialmente mais acessíveis, aumentando a diversidade de opções no mercado. A Temu, parte do grupo Pinduoduo Holdings, é conhecida por seu modelo agressivo de marketing e vasta gama de produtos. Desde o seu lançamento nos Estados Unidos em 2022, a empresa cresceu rapidamente, figurando nos rankings de maiores downloads de aplicativos, com milhões de usuários mensais. Contudo, enfrenta críticas sobre a origem dos produtos, com alegações de condições de trabalho questionáveis, às quais a Temu responde proibindo veementemente tais práticas em sua rede de fornecedores.

Durante a recente final do Super Bowl, a Temu exibiu seis comerciais, demonstrando seu poder de investimento em marketing. Especialistas veem esses movimentos como estratégicos para capturar rapidamente uma parcela significativa do mercado global. Com a expansão para o Brasil, espera-se que a Temu reproduza suas estratégias de sucesso adotadas em outros países, incluindo o uso de microinfluenciadores e a diversificação de produtos oferecidos. Analistas preveem um aumento gradual na diversidade de itens, possivelmente com produtos de maior valor agregado, para atrair um público mais amplo. Agora, resta observar como esse novo player influenciará o dinamismo do e-commerce no Brasil.