Por Douglas Ferreira
Com as fortes chuvas que têm assolado o Rio Grande do Sul, o temido desfecho se materializou na tarde desta quinta-feira: a barragem 14 de Julho rompeu parcialmente. A informação foi confirmada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) em suas redes sociais, por volta das 15h.
A recomendação do governo estadual é que os moradores das áreas próximas à barragem, como Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado, deixem suas casas e busquem abrigo em regiões mais altas. Isso se deve ao potencial aumento do Rio Taquari, que já alcançou a marca de 31,2 metros nesta quinta-feira, ultrapassando o nível registrado na enchente de setembro de 2023.
A ruptura parcial da barragem foi atribuída ao contínuo aumento do fluxo do Rio das Antas, combinado com as intensas precipitações que têm afetado o Estado nos últimos dias. A Defesa Civil foi imediatamente acionada e está coordenando as ações de evacuação e assistência à população afetada.
A situação meteorológica que provocou esses temporais é resultado da conjunção de diversos fenômenos, incluindo correntes de vento intensas, umidade proveniente da Amazônia e bloqueio atmosférico causado por ondas de calor, agravados pelas mudanças climáticas.
Os impactos dessas chuvas devastadoras são sentidos em todo o Estado do Rio Grande do Sul, com 24 mortes confirmadas, 21 pessoas desaparecidas e mais de 67 mil afetadas. O governo estadual decretou ‘estado de calamidade pública’, suspendendo as aulas na rede pública estadual e mobilizando recursos para auxiliar as comunidades atingidas.
O presidente Lula (PT) e ministros se solidarizaram com as vítimas e se comprometeram a prestar toda a assistência necessária ao Estado. Incluindo, antecipação de pagamentos do Bolsa Família e envio de recursos do Poder Judiciário. Entretanto, o governo federal ainda falta repassar um terço do que foi prometido na enchente no Vale do Taquari, do ano passado.
Diante desse cenário de emergência, é crucial que a população afetada siga as orientações das autoridades e busque abrigo e assistência conforme necessário. A prioridade agora é garantir a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos do Rio Grande do Sul diante dessa crise sem precedentes na história do Estado.