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Publicado em: 1 janeiro 2024 às 11:01 | Atualizado em: 1 janeiro 2024 às 13:46

Start-up brasileira reduz desperdício de alimentos

Por Douglas Ferreira com informações da PEGN

Luciano Almeida, fundador, e Franciele Barbósa, CFO e co-founder da Restin – Foto: Divulgação

O desperdício de alimentos atinge uma assombrosa marca de mais de 2,5 bilhões de toneladas anualmente, de acordo com informações da WWF. Estimativas da FAO indicam que um terço de toda a produção mundial é descartado, resultando não apenas em impactos ambientais significativos, mas também em prejuízos econômicos e sociais substanciais. Este fenômeno não apenas compromete recursos preciosos, mas também contribui para desafios ambientais, econômicos e sociais que demandam atenção urgente e soluções eficazes.

Chega de desperdício! Foi focada nesse lema que surgiu a Restin. A start-up brasileira, atentando-se a esse problema, tem prosperado nesse nicho, com projeções ambiciosas de faturar R$ 3,5 milhões nos próximos 18 meses. Seu foco está na compra e revenda de produtos próximos do vencimento, diretamente das indústrias alimentícias, contribuindo para a redução do desperdício.

A Restin, fundada em 2020 pelo nutricionista Luciano Almeida, surgiu como uma resposta à urgência de combater o desperdício de alimentos, especialmente em um cenário em que milhões de brasileiros enfrentam insegurança alimentar. A start-up opera na categoria de produtos próximos ao vencimento, abrangendo alimentos com datas de validade a serem atingidas nos próximos três meses a um dia. Além disso, também trabalha com produtos reversos, que retornam à indústria após passarem pelas prateleiras das lojas.

Para obter esses produtos, a Restin estabelece parcerias estratégicas com grandes empresas alimentícias, mantendo contato com a gestão de estoques por meio da área de FIFO. A start-up, então, realiza a revenda desses produtos para restaurantes interessados, priorizando especialmente os estabelecimentos de pequeno porte e cozinhas solidárias.

Ao longo do último ano, a Restin resgatou 30 toneladas de alimentos que estavam destinados ao descarte, não apenas evitando o desperdício, mas também contribuindo para a redução das emissões de carbono. O modelo de negócios da start-up passou por três pivôs desde sua criação, culminando no atual, testado com sucesso em empresas como a BRF e, mais recentemente, na parceria com a Swift.

Em novembro, a Restin atingiu o ponto de equilíbrio financeiro, um marco que impulsiona os próximos passos do negócio. A empresa planeja capitalizar esse sucesso em novas rodadas de captação, visando expandir seus impactos positivos na sociedade e no meio ambiente. A participação no 100 Startups to Watch 2023 também desempenhou um papel crucial, abrindo portas para investidores e consolidando a posição da Restin como uma inovadora no cenário em constante evolução das tecnologias sociais. Para 2024, a expectativa é faturar R$ 500 mil, com uma projeção ambiciosa de alcançar R$ 3,5 milhões nos próximos 18 meses.