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Publicado em: 4 julho 2024 às 10:20 | Atualizado em: 4 julho 2024 às 10:40

Starlink agora lidera mercado de internet por satélite no Brasil

Por Wagner Albuquerque

Foto: Reprodução.

Dados divulgados pela Anatel no início de julho mostram que a Starlink é agora a maior operadora de internet por satélite no Brasil, fechando maio de 2024 com 200 mil acessos. Em segundo lugar, a Hughesnet registrou 179 mil acessos. Esse feito é notável, considerando que a Starlink havia registrado 162 mil acessos em abril, um aumento de 38 mil em apenas um mês. Em contraste, a Hughesnet viu seus acessos diminuírem de 180 mil para 179 mil no mesmo período.

A comparação ano a ano destaca ainda mais o crescimento da Starlink. Em 2023, a empresa tinha apenas 57 mil acessos no Brasil, enquanto a Hughesnet possuía 195 mil. O avanço da Starlink em relação aos concorrentes é evidente: em maio de 2024, a Starlink detinha 42,5% do mercado de acesso à internet por satélite, enquanto a Hughesnet tinha 38,1%. No mesmo período de 2023, a Starlink possuía 15,8% de participação, com a Hughesnet liderando com 53,6%.

O crescimento acelerado da Starlink pode ser atribuído à sua tecnologia de ponta. Operada pela SpaceX, de Elon Musk, a Starlink utiliza uma rede de satélites de órbita baixa, o que permite oferecer larguras de banda mais elevadas e latências menores, tipicamente abaixo de 40 ms. Em comparação, os serviços rivais operam com um número significativamente menor de satélites, resultando em desempenho inferior. No Brasil, os planos residenciais da Starlink começam em R$ 184 por mês, mais o custo de R$ 2.000 para o kit com antena e receptor.

Embora a internet via satélite represente apenas 0,9% das conexões de banda larga no Brasil, ela é crucial para áreas rurais e regiões afastadas de grandes centros urbanos. Em maio de 2024, o país registrou 471 mil acessos via satélite, com Minas Gerais liderando com 70 mil acessos, seguido por São Paulo com 51 mil e Pará com 40 mil. A distribuição das tecnologias de banda larga fixa no Brasil é dominada pela fibra óptica (75,5%), seguida por cabo coaxial (17,4%), rádio (3,5%), e cabo metálico (2,6%).