Por Douglas Ferreira
Em algumas nações europeias, como Itália e Espanha, enfrenta-se o desafio de manter pequenas cidades, aldeias, vilas ou vilarejos ‘vivos’, que estão atualmente abandonadas ou em processo de abandono. Essa realidade apresenta dificuldades para os administradores locais.
A transformação em uma vila dos Smurfs em tamanho real trouxe mudanças significativas para os residentes de uma tranquila cidade, Júzcar, com apenas 240 habitantes. Anteriormente, o local possuía apenas um bar, mas após o sucesso da iniciativa, agora conta com seis restaurantes.
“Acredito que devemos reconhecer que, se não fosse pela fama que conquistamos graças ao desenho, poucas pessoas nos visitariam. Antigamente, Júzcar tinha capacidade para hospedar no máximo 25 pessoas, e agora temos espaço para acomodar 100 turistas”, afirma Alicia Guerrero, uma comerciante local.
Além de vender camisetas estampadas com os Smurfs, Alicia oferece, nos fins de semana, a oportunidade de pintar as unhas das crianças de azul por três euros (aproximadamente R$16) e a possibilidade de personalizar os famosos chapéus brancos dos personagens do desenho animado.
“Precisamos nos reinventar para continuar crescendo”, acrescenta.
Por mais de uma década, Júzcar foi conhecida como a “primeira aldeia dos Smurfs do mundo”, mas devido a uma disputa recente com uma produtora cinematográfica, este ano eles tiveram que remover grandes esculturas que estavam na entrada da cidade e alterar seu nome turístico para Aldeia Azul.
Embora ainda seja possível encontrar algumas fachadas e muros pintados com os personagens, o responsável pelo turismo da cidade afirma que esses também terão que ser removidos.
Parauta parece ter encontrado uma saída, pelo menos por enquanto. A ideia veio de um escultor que mora nesse pequeno povoado de ruazinhas estreitas e empinadas. Diego Guerrero começou a talhar troncos de árvores de castanhas criando figuras coloridas e formando um bosque encantado.
“Apresentei a ideia à prefeitura, eles toparam e comecei o trabalho. Quando algumas figuras estavam talhadas e pintadas, as fotos começaram a viralizar nas redes sociais e, num piscar de olhos, os turistas começaram a chegar”, explica o artista plástico Diego Guerrero.
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