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Publicado em: 20 fevereiro 2024 às 09:59 | Atualizado em: 21 fevereiro 2024 às 07:34

Sete dias depois, fugitivos de Mossoró continuam livres; estariam na divisa com o Ceará

Por Douglas Ferreira

Deibson Nascimento e Rogério Mendonça continuam em fuga – Foto: Reprodução

Uma semana após a fuga de dois narcotraficantes do Acre do presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a polícia ainda não conseguiu capturá-los. O último sinal de celular dos fugitivos indica que eles estão na divisa entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.

Investigadores obtiveram informações dos aparelhos roubados após os fugitivos invadirem uma residência na região na sexta-feira (16). Cerca de 500 agentes continuam empenhados nas buscas pelos fugitivos.

Outro fato alarmante é que as 160 câmeras do sistema de monitoramento do presídio estavam desativadas. Isso levanta questionamentos sobre a falta de vigilância eletrônica em uma penitenciária considerada de segurança máxima.

Além disso, como os detentos conseguiram serras para cortar as grades? Ou alicates? Como ninguém percebeu ou ouviu a ação? Eles estavam em alas distintas, então como fugiram juntos, serrar as grades ao mesmo tempo? Especialistas afirmam que serrar as barras de ferro sem serem detectados levaria anos. Há especulações sobre a possível coação de agentes penitenciários ou o envolvimento de facções externas na facilitação da fuga. Mas isso não parece verossímil, senão eles não estariam mais na região.

Os esforços para recapturar os fugitivos estão concentrados na região da divisa com o Ceará. O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, visitou Mossoró, no domingo, e ressaltou a complexidade do terreno como um desafio para as operações de busca. Lewandowiski declarou quen “não há prazo determinado para a captura dos fugitivos”.

Enquanto isso, uma investigação interna está em andamento no sistema prisional federal para apurar possíveis responsabilidades na fuga, incluindo a colaboração de agentes penais. Medidas estão sendo tomadas para reforçar a segurança na penitenciária de Mossoró, como a instalação de chapas de aço nas celas onde os detentos escaparam, visando evitar futuras fugas e minimizar as falhas estruturais expostas por esse episódio.