Por Douglas Ferreira
Javier Milei, o recém-eleito presidente da Argentina, é um economista libertário que conquistou a vitória sobre Sergio Massa no segundo turno das eleições. Nascido em Palermo, Buenos Aires, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por polêmicas familiares, reconhecendo a importância de sua irmã, Karina Milei, em sua vida.
Sua passagem pelo Colégio Cardenal Copello foi caracterizada por experiências difíceis, com relatos de bullying, de acordo com o jornalista Juan Luis González, autor da biografia não autorizada “El Loco”. O livro destaca uma fase em que Milei buscava ser goleiro nas categorias de base do Chacarita Juniors nos anos 1980.
Apesar de não ser um torcedor dedicado do Chacarita, ele ingressou no time profissional em 1989. No universo do futebol, Milei, que já teve camarote no Museo de la Pasión Boquense do Boca Juniors, tornou-se favorável ao River Plate na final da Copa Libertadores de 2018.
Sua ascensão política começou em 2018, quando ganhou destaque com seu discurso “liberal libertário”. Em 2020, anunciou sua candidatura à Presidência, resultando na conquista de duas cadeiras na Câmara dos Deputados em 2021 por meio de sua coligação, La Libertad Avanza.
Entre suas propostas de campanha, Javier Milei destaca a dolarização gradual da economia argentina, a redução dos gastos estatais e a privatização de empresas públicas. No campo trabalhista, propõe o fim das verbas rescisórias para diminuir os custos trabalhistas. Suas propostas mais polêmicas incluem a desregulamentação do porte de armas e a militarização das prisões no contexto da segurança.
O novo presidente da Argentina Javier Milei tomará posse em 10 de dezembro. Comandará os destinos da Argentina pelos próximos quatro anos. Milei vai herdar um país completamente desestruturado. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec), a quantidade de pessoas vivendo na pobreza na Argentina alcançou 40,1% da população no primeiro semestre de 2023. Além disso, o instituto informou que 9,3% da população vive em situação de indigência, ou seja, quando as pessoas não têm rendimentos são suficientes para cobrir os gastos alimentares básicos.