Por Douglas Ferreira com informações CNN
As águas fluem para os rios, os rios desembocam no mar. No universo das grandes empresas de tecnologia, das “Big-Techs, a analogia muitas vezes se repete. A fortuna de Mark Zuckerberg, da Meta (Facebook) aumentou mais de US$ 28 bilhões em apenas algumas horas, entre o café da manhã e o almoço desta sexta-feira, 2 de fevereiro. Como isso se tornou possível? O que impulsionou esse crescimento exponencial em tão curto período?
As ações da Meta dispararam mais de 20% durante esse mesmo dia. O que aconteceu de extraordinário?
Entenda:
O fundador e CEO da Meta, cujo patrimônio já ultrapassa os US$ 140 bilhões (R$ 694 bilhões), de acordo com o índice de bilionários da Bloomberg, testemunhou um aumento de mais de 20% no preço das ações da Meta após o anúncio de que a empresa distribuirá dividendos trimestrais de US$ 0,50 por ação aos investidores.
Zuckerberg possui cerca de 350 milhões de ações da empresa, conforme registros da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos – SEC. A menos que ele venda ou adquira mais ativos da companhia, e considerando que o dividendo trimestral permaneça constante, Zuckerberg também se beneficiará dos proventos da empresa, totalizando aproximadamente US$ 700 milhões (R$ 3,47 bilhões) por ano.
Crescimento artificial
Embora os dividendos agradem aos acionistas, eles também são alvo de críticas por supostamente inflacionarem o preço das ações “artificialmente”, sem que haja gastos com funcionários ou melhorias nos negócios.
A recuperação da Meta reflete o possível impacto nas ações da empresa após Zuckerberg e outros líderes testemunharem, na quarta-feira (31), perante o Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos, sobre os riscos que suas plataformas representam para os jovens.
Zuckerberg foi questionado sobre documentos internos da Meta que indicavam que a empresa estimava o valor vitalício de um usuário adolescente em US$ 270 (R$ 1,3 mil), bem como a transparência da Meta em relação à forma como monetiza os dados do usuário.
Diante dessas questões, Zuckerberg pediu desculpas aos pais presentes, que alegam que seus filhos foram vítimas das redes sociais, expressando seu pesar pelos desafios enfrentados por suas famílias. “Ninguém deveria passar pelas coisas que suas famílias sofreram”, afirmou, assegurando esforços contínuos para melhorar a indústria e evitar tais situações no futuro.