Por Douglas Ferreira
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A Cáritas Brasil, organismo social da Igreja Católica, ligada à Articulação do Semiárido Brasileiro – ASA, retoma seu programa de construção de cisternas após cinco anos de pausa. Com foco no semiárido nordestino, a iniciativa visa amenizar os efeitos da estiagem e falta de chuvas na região.
Diante da caracterização do período chuvoso em boa parte do semiárido, a Cáritas decide retomar o programa, proporcionando aos sertanejos a captação de águas pluviais para consumo humano, higiene e criação de animais. As cisternas desempenham papel crucial para a população que depende exclusivamente da água da chuva.
A retomada do Programa Cisternas foi celebrada publicamente, marcando 20 anos de impacto positivo no semiárido brasileiro e a retomada da execução dessa tecnologia social.
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Quantas cisternas serão construídas no Piauí?
O projeto de retomada de cisternas prevê a construção de cerca de 7 mil unidades em 40 municípios do semiárido piauiense. Na verdade os trabalhos já foram inciados e devem ser intensificados após as festividades de final de ano. Portanto, em janeiro, a Cáritas dará continuidade à construção das cisternas no Estado.
Para a coordenação do programa esse é um número insuficiente de cistenas uma vez que o Piauí possui um grande déficit nessa área. Para o assessor da Cáritas Brasil, João Evangelista Santos, “A famílias crescem, os filhos casam e isso requer mais cisternas, portanto, ainda não há uma universalização de cisternas no semiárido”.
De 2019 a 2022 o governo federal construiu quase 43 mil cisternas no semiárido. Cisternas maiores com capacidade de armazenar 52 mil litros de água, geralmente para uso na produção agrícola e instalação em escolas, não estão computadas no levantamento feito pelo Ministério da Assistência e Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome.
O ministério não informou quantas cisternas foram construídas neste ano de 2023.
O volume de recursos para a construção de cisternas no Nordeste são da ordem de R$ 562 milhões. Além do Piauí, os outros oito Estados da região também vão ser beneficiados.
“A informação que temos é de que são R$ 500 milhões para ser trabalhado pela ASA (Articulação do Semiárido Brasileiro) e pelos Estados. Isso não dá conta do défict, mas movimenta bastante. O défict é de 350 mil cisternas de consumo e mais 800 mil de produção é um défict grande. A gente avalia que, se ele for coberto nos quatro anos, é uma coisa ótima”, avalia Naidison Baptista, membro da Coordenação Executiva da ASA, pelo Estado da Bahia.
Quais são os benefícios de uma cisterna?
Uma das principais vantagens da cisterna é a possibilidade de redução de até 50% dos gastos em água potável na residência ou propriedade, economia garantida através do reúso da água, uma via extremamente sustentável. A cisterna é coberta e isso evita também a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.