Por Wagner Albuquerque
A catástrofe que assolou o Rio Grande do Sul teve um impacto significativo nas redes fixas de telecomunicações, levando as operadoras a enfrentar a necessidade urgente de reconstruir sua infraestrutura para continuar fornecendo serviços essenciais à população, como internet. Segundo informações do Ministério das Comunicações, o custo estimado para essa reconstrução pode alcançar R$ 1,6 bilhão.
Hermano Tercius, secretário-executivo do Ministério das Comunicações, compartilhou essa estimativa durante uma divulgação realizada pelo Mobile Time. As intensas chuvas afetaram aproximadamente 600 mil clientes de banda larga fixa somente no mês de maio, exacerbando a urgência da situação.
Para viabilizar a reconstrução das redes danificadas, o governo planeja utilizar recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Segundo o secretário-executivo, o montante solicitado supera R$ 500 milhões, com aproximadamente metade desse valor sendo não-reembolsável.
Inicialmente estimado em R$ 2 bilhões por associações de provedores, o custo para reconstrução das redes foi posteriormente ajustado para os R$ 1,6 bilhão mencionados. As operadoras Claro, TIM e Vivo colaboraram no restabelecimento das comunicações, permitindo o uso de suas redes móveis em roaming para garantir conectividade onde os serviços tradicionais foram interrompidos.
Segundo a Anatel, o sinal de celular já foi restabelecido em 497 municípios do Rio Grande do Sul, embora algumas áreas ainda apresentem apenas conectividade parcial. Para suprir emergencialmente a necessidade de comunicação, o governo federal disponibilizou kits de comunicação via satélite da Telebras para abrigos e serviços públicos. Além disso, a Oi formalizou um acordo com o governo estadual para oferecer acesso gratuito à internet em fibra óptica e Wi-Fi em centros comunitários que abrigam pessoas afetadas pelas enchentes, beneficiando locais em Porto Alegre e Canoas capazes de acolher até 3,8 mil pessoas.