Por Douglas Ferreira
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Quem já teve o prazer de ler ou assistir a “O Velho e o Mar”, considerada uma das maiores obras de Ernest Hemingway e um dos mais belos exemplos da literatura contemporânea?
Este enredo narra a história de um homem que enfrenta a solidão, seus sonhos e pensamentos, sua luta pela sobrevivência e sua inabalável confiança na vida. Uma trama envolvente que cativa o leitor/espectador do início ao fim.
A obra retrata a solidão de um velho pescador em seu ápice, lutando constantemente contra seus próprios pensamentos e dores. Santiago, mesmo debilitado, nunca se deixa abalar por pensamentos negativos.
A relação entre o ser humano e o mar, bem como a luta pela sobrevivência, são elementos centrais da narrativa de “O Velho e o Mar”, escrita por Ernest Hemingway em 1952.
Esse também é o tema da dissertação de mestrado da psicóloga Josy Ribeiro, que sempre teve uma forte ligação com a arte e a cultura. Convencida por seu orientador, Josy decidiu explorar o tema “O acesso às velhices através da linguagem cinematográfica”. Em sua pesquisa, ela mergulha no universo do envelhecimento, explorando suas múltiplas facetas.
Aos 56 anos, Josy Brito encontra-se em um momento de transição em sua própria vida, refletindo sobre como lidar com o processo de envelhecimento. Ela traz consigo experiências familiares significativas, acompanhando de perto o envelhecimento de sua mãe, que está prestes a completar 80 anos, e de sua avó, que já alcançou os 98 anos.
Josy ressalta a importância da intergeracionalidade, presente tanto em sua pesquisa quanto na obra “O Velho e o Mar”. Ela observa que o Brasil está envelhecendo e que é necessário refletir sobre como as diferentes gerações vão lidar com essa realidade.
Diante desse cenário, o questionamento central de seu trabalho é: como a nova geração vai interagir com os idosos, que estão vivendo cada vez mais? Essa é uma questão essencial para compreendermos e prepararmos melhor o futuro em relação ao envelhecimento.
Mas o que é convivência intergeracional?
Essa definição descreve uma abordagem de intervenção social estruturada, projetada para criar oportunidades desafiadoras que incentivam e orientam os participantes a explorar e reconstruir suas histórias e experiências de vida. Isso, tanto individualmente, quanto em grupo, dentro da família e em comunidades locais.
O objetivo é promover a ampliação das trocas culturais e experiências compartilhadas, visando desenvolver um senso de pertencimento e interação entre diferentes gerações.