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Publicado em: 18 novembro 2023 às 19:58

Rafael Fonteles sanciona Lei que cria a Rota Turística de Paleontologia da Grande Teresina

Por Douglas Ferreira

Vista panorâmica da Floresta Fóssil de Teresina/PI – Foto: Reprodução

O potencial turístico de Teresina na área da Paleontologia, assim como dos municípios da Grande Teresina, é inegável. Infelizmente, essa é uma realidade ainda pouco pelo próprio teresinense. Esse desconhecimento de sítios arqueológicos na capital e nos arredores tem limitado a exploração desse patrimônio.

Contudo, a criação da Rota Turística da Paleontologia representa um marco significativo para a comunidade teresinense e para visitantes em geral. O governador Rafael Fonteles sancionou a lei nº 8.209, publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (16), conferindo vigor imediato à legislação.

A abrangência da Rota Turística da Paleontologia inclui os municípios de Teresina, Altos, Nazária, Monsenhor Gil, Demerval Lobão, União e José de Freitas. Esse municípios são reconhecidos por seus sítios paleontológicos validados por especialistas da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Os objetivos dessa rota transcendem a mera divulgação científica. Ela visa impulsionar o potencial turístico regional na área da paleontologia.

A lei propõe fortalecer, ampliar e desenvolver a produção local nas esferas turística, cultural e gastronômica. Além disso, busca implantar mecanismos de educação ambiental e patrimonial, incentivando empreendimentos turísticos e promovendo a organização produtiva das comunidades locais ligadas ao turismo, artesanato e geração de emprego e renda.

A Floresta Fóssil de Teresina se extende das margens ao leito do Rio Poti – Foto: Reprodução

O estímulo à educação ambiental e à preservação dos fósseis e do meio ambiente também é uma prioridade. Teresina possui uma floresta fóssil urbana porém pouco visitada.

Tronco fossilizado em posição de vida, um achado raro em todo o planeta – Foto: Reprodução

A Floresta Fóssil de Teresina é um sítio paleontológico localizado nas margens do Rio Poti, na área urbana da capital, com madeira fossilizada do período Permiano (aproximadamente 280/270 milhões de anos).

Destaca-se por possuir vários troncos petrificados em posição de crescimento (posição de vida), e por ser o único sítio paleontológico dentro de uma capital brasileira.

A descoberta

Essa floresta foi descoberta no ano de 1909 pelo geólogo Miguel Arrojado Lisboa. Estudos posteriores foram realizados, revelando a presença de pelo menos 36 troncos em posição de vida e de uma espécie nova para a ciência. O sítio paleontológico foi transformado em Parque Municipal no dia 8 de janeiro de 1993 e tombado pelo Ministério de Cultura no 25 de outubro de 2010.