Por Douglas Ferreira
A questão da segurança pública é uma das que mais incomodam o governo de Rafael Fonteles no Piauí, à medida que os índices de homicídios continuam a aumentar e as facções criminosas expandem sua influência por mais municípios do Estado. Apesar dos esforços do governo em investir em equipamentos, veículos e na convocação de 1400 concursados para as polícias, os resultados dessas medidas parecem insuficientes.
Agora, o governador anuncia a sanção da Lei nº 8.384, de 23 de maio, autorizando a convocação de candidatos aprovados para o exame de saúde visando ingresso no Curso de Formação de Oficial PM, com base no último concurso público realizado para a Polícia Militar do Piauí. Esse movimento reflete a determinação política do governo em enfrentar os desafios da segurança, porém, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir efetivamente a proteção dos cidadãos.
Em 2022, mais de 40 mil pessoas se inscreveram para o concurso da PM, onde foram oferecidas 1 mil vagas para soldados e 40 para oficiais. Desde então, o governo já convocou mais de 1.400 policiais. O objetivo declarado é nomear até o final do mandato do governador 4 mil PMs.
O comandante da Polícia Militar, coronel Scheiwann Lopes, recentemente anunciou a abertura de 500 vagas para uma nova turma do Curso de Formação. Essa convocação se baseia nos critérios estabelecidos no último concurso, onde os candidatos precisaram alcançar determinada pontuação na prova escrita e nas redações.
Agora, uma nova lei sancionada pelo governo permite a convocação para o exame de saúde e odontológico para provimento no cargo de Oficial PM, no posto inicial de 2º Tenente. Os candidatos serão convocados para a próxima fase do concurso apenas se forem aprovados no exame médico.
Além disso, outra lei foi sancionada, trazendo alterações no Estatuto Militar, incluindo mudanças nas etapas de contratação, na idade mínima para transferência para a reserva remunerada e na política de promoção. Essas medidas buscam fortalecer a estrutura da Polícia Militar e melhorar sua eficácia no enfrentamento da criminalidade no Estado.
Tudo isso demonstra o esforço do Estado em incrementar as forças policiais, mas Segurança Pública vai muito além disso. É preciso vontadade política, mas também determinação e planejamento. E em tempos de inteligência artificial as polícias precisam estar também interligadas e mudidas de inteligência para buscar estar um passo a frente da criminalidade. Só assim, o Piauí vai poder reverter os dados caóticos da segurança no Estado.