Viagem a peso de ouro. A hospedagem de duas noites do ex-presidente Lula e da primeira-dama Janja, em um hotel de luxo na África do Sul, gerou um custo de pelo menos R$ 200 mil aos cofres públicos brasileiros. É o que revelam as informações disponíveis no Portal da Transparência.
O hotel em questão, o The Leonardo, oferece uma gama de comodidades e luxos, incluindo 232 apartamentos, 8 suítes na cobertura, e quartos com diárias que chegam a R$21,1 mil. Além disso, o hotel conta com uma piscina no 7º andar, um SPA e outras amenidades que elevam o seu status a um dos mais exclusivos destinos de hospedagem no mundo.
Essa extravagante despesa levanta questões sobre a aparente obsessão do presidente Lula em ostentar em suas viagens internacionais. A cada ‘passeio’, os custos elevados com hotéis, restaurantes e transporte para traslado são notáveis. De fazer inveja aos sheiks árabes, famosos pela ostentação.
Enquanto alguns argumentam que isso está muito distante da postura do ex-presidente Bolsonaro, que frequentemente se hospedava em acomodações oferecidas pelos anfitriões ou nas embaixadas do Brasil ao redor do mundo, outros argumentam que essa comparação não reflete a realidade atual e as escolhas individuais de cada líder. E no caso específico do atual presidente, “todo luxo do mundo é pouco”. Assim, como as comidas mais sofisticadas e caras, inclusive as oferecidas por chefes de Estado, não agradam ao paladar apurado de Lula.
“Almocei com o [presidente francês Emmanuel] Macron e com o presidente [da Itália, Sérgio] Mattarella, duas comidas de palácio que não são essas coisas. Em lugar nenhum do mundo a comida [de palácio é boa]. Tenho brigado com o Itamaraty para melhorar a comida, porque tem dia que a comida não está boa”, declarou Lula um dia após encontro com presidente argentino Alberto Fernández, em que a comida foi preparadas pela vencedora da primeira edição do reality show “Masterchef Brasil”.
É importante ressaltar que o custo de apenas a hospedagem no hotel The Leonardo na África do Sul foi de R$ 158,8 mil, um valor que supera significativamente o salário-mínimo do trabalhador brasileiro em mais de 120 vezes. Essas despesas são custeadas pelos contribuintes e trabalhadores, o que gera preocupações sobre o uso responsável dos recursos públicos.
Além disso, o governo brasileiro também desembolsou valores para acomodar a equipe de imprensa e alugar salas de reunião. O que contribuiu para elevar ainda mais os custos da viagem presidencial. No total, o governo gastou mais de R$ 25 milhões em viagens internacionais durante os primeiros 8 meses do mandato de Lula, sem considerar os gastos com transporte (com as aeronaves oficiais).
Portanto, essa situação levanta questões sobre a transparência e a responsabilidade fiscal do governo federal, bem como sobre a necessidade de garantir que os gastos públicos estejam alinhados com as necessidades e prioridades do país. A sociedade espera por uma prestação de contas adequada e pela garantia de que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficaz e eficiente.
Por Douglas Ferreira
