Por Douglas Ferreira
A busca pela mente criminosa por trás da gangue que assola o Equador intensifica-se após Adolfo Macías, conhecido como Fito e líder dos Choneros, tornar-se o fugitivo mais perigoso do país, escapando da prisão, em Guayquil. Sua ascensão meteórica no submundo do crime o posicionou como o principal líder do narcotráfico na região, com sua facção composta por 8 mil membros. O governo o classifica como um “criminoso com características extremamente perigosas”.
De origens humildes como taxista, pouco se sabe sobre Fito além de sua habilidade em desafiar a lei. Sua fuga da Prisão Regional de Guayaquil levanta preocupações, visto que exercia controle significativo no centro penitenciário. Alertas sobre seu desaparecimento surgiram durante uma operação, revelando sua ausência e deixando para trás uma prisão adornada com imagens que exaltavam sua figura.
Fito assumiu o comando dos Choneros em 2020, sucedendo a líderes anteriores executados. Graduou-se em direito na prisão, onde cumpria 34 anos por diversos crimes. Sua ascensão coincidiu com a fragmentação da gangue, motivando lutas internas e rivalidades com outras organizações criminosas.
Ativo nas redes sociais, os Choneros se apresentam como benfeitores ao estilo de Robin Hood, produzindo videoclipes que exaltam o narcotráfico. Com conexões com cartéis como Sinaloa e Clã do Golfo, no México, o grupo também ameaça jornalistas e rivais através de ritmos urbanos.
A fuga de Fito desperta temores de aumento da violência no Equador, já que sua liderança é associada a confrontos e instabilidade. Sua história, que inclui uma transferência espetacular para uma prisão de segurança máxima e alegações de envolvimento no assassinato de um candidato presidencial, continua a intrigar o país enquanto as autoridades intensificam os esforços para recapturá-lo.