Por Wagner Albuquerque
O México elegeu neste domingo (2) a cientista Claudia Sheinbaum como nova presidente. Ela é a primeira mulher a assumir o cargo de maior importância do país e faz parte do partido de esquerda Morena, do atual presidente e seu padrinho político, Andrés Manuel López Obrador.
Segundo a projeção oficial do Instituto Nacional Eleitoral, Sheinbaum obteve cerca de 60% dos votos. A vantagem é de aproximadamente 30 pontos percentuais sobre a segunda colocada, Xóchitl Gálvez, senadora de centro-direita de origem indígena.
Antes de entrar na política, Claudia Sheinbaum construiu uma carreira acadêmica renomada. Formada em física pela UNAM, uma das universidades mais prestigiadas do México, ela fez pós-graduação em engenharia ambiental e pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos. Sheinbaum também participou do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC), que ganhou um Prêmio Nobel da Paz em 2007.
O primeiro cargo político ocupado por Sheinbaum foi como secretária de Meio Ambiente da Cidade do México, entre 2000 e 2005, sob a administração de López Obrador. Após ocupar diversos cargos menores, foi eleita prefeita da Cidade do México em 2018. Durante seu mandato, que durou até 2023, ela enfrentou a pandemia de Covid-19 e a crise causada pela queda de uma linha de metrô em 2021, resolvendo o caso com um acordo de indenização para as vítimas. Em setembro de 2023, Sheinbaum anunciou oficialmente sua candidatura à presidência do país.