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Publicado em: 7 junho 2024 às 08:13 | Atualizado em: 7 junho 2024 às 08:23

Quatro PMs são presos sob suspeita de participação na morte da enfermeira piauiense em Fortaleza

Por Douglas Ferreira

Jandra Mayandra foi assassinada a sangue frio quanto retornava do trabalho para casa, no dia 15 de maio – Foto: Reprodução

Reviravolta no caso do assassinato da enfermeira piauiense Jandra Mayandra, ocorrido em Fortaleza no dia 15 de maio. Quatro policiais militares foram presos nesta quinta-feira (6) sob suspeita de envolvimento na execução da enfermeira de 36 anos, natural de Floriano/PI. Os PMs não tiveram os nomes revelados.

Entre os detidos, um é policial aposentado, enquanto os outros três são agentes em serviço. A prisão foi realizada em Fortaleza pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) em conjunto com a Polícia Civil do Ceará.

Jandra Mayandra foi morta a tiros disparados por um motociclista na Avenida Presidente Castelo Branco, no Bairro Pirambu. O crime ocorreu quando a enfermeira estava voltando do trabalho e teve seu retrovisor atingido pelo motociclista, o que teria gerado uma discussão. Logo após, o suspeito efetuou os disparos, deixando o carro da vítima com pelo menos três marcas de bala. A suspeita é que a discussão tenha sido forjada para aparentar uma briga de trânsito.

A investigação sobre o caso está sendo conduzida pela Delegacia de Assuntos Internos, que se concentra em crimes praticados por agentes das forças de segurança. Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra um quinto suspeito. No entanto, a Controladoria Geral de Disciplina não divulgou mais detalhes sobre a motivação do crime ou se a hipótese inicial de uma briga de trânsito foi descartada.

O Hospital Dr. Oswaldo Cruz, onde Jandra trabalhava como gerente administrativa, emitiu uma nota de pesar expressando condolências à família e amigos da enfermeira. O Conselho Regional de Enfermagem do Ceará também lamentou a trágica perda de Jandra Mayandra.

Embora as prisões sejam confirmadas, a Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS) não informa a motivação do crime. Foi informado que apenas a CGD se pronunciaria sobre o caso. Mas, os investigadores chegaram à conclusão da participação de cinco militares, um encontra-se foragido, a partir do Boletim de Ocorrência, onde a vítima Jandra Mayandra relatou que vinha sofrendo perseguição e ameaças por parte de uma ex-colega de trabalho.

“A investigação, que teve início no DHPP, atualmente está a cargo da DAI, que busca elucidar o crime. As ações de hoje tiveram como objetivo a coleta de elementos de informação, especialmente quanto à motivação e à identificação de todos os envolvidos”, concluiu a CGD.