Por Wagner Albuquerque
Do ponto de vista financeiro, qual é a opção mais barata para comprar um imóvel: financiamento ou consórcio? Segundo especialistas, o consórcio costuma ser a melhor escolha. Esse sistema geralmente sai mais barato que o financiamento, especialmente considerando as taxas e juros cobrados.
Atualmente, a taxa de juros de financiamento para um apartamento de R$ 220 mil está em 7,96% ao ano, o que representa 0,64% ao mês, resultando em uma prestação mensal de R$ 1.028. Para um imóvel mais caro, de R$ 500 mil, a taxa de juros sobe para 10,06% ao ano, ou 0,8% ao mês. Nesse caso, o comprador acaba pagando o equivalente a dois apartamentos e meio após 35 anos de financiamento.
Por outro lado, a taxa de administração de um consórcio é, em média, de 0,12% ao mês, muito mais baixa que a do financiamento. Isso torna o consórcio uma opção financeiramente mais vantajosa, explica Edson Araújo, professor de MBA da Fundação Getulio Vargas. No entanto, é importante notar que o consórcio pode não ser adequado para todos.
Uma das desvantagens do consórcio é a falta de previsibilidade. O cliente não sabe se será o primeiro ou o último a ser sorteado, o que pode resultar em um longo período de espera. Durante esse tempo, o consumidor precisa arcar com duas prestações: a do aluguel e a do consórcio, observa Araújo.
Por fim, é essencial considerar que a compra da casa própria vai além da matemática financeira. O imóvel não é apenas um bem físico, mas também um bem intangível, proporcionando uma sensação de segurança para o comprador, o que não pode ser mensurado, diz Araújo. Embora a compra à vista seja sempre a melhor opção, poucas pessoas têm essa possibilidade. Por isso, é importante explorar todas as alternativas disponíveis para realizar o sonho da casa própria.