Por Douglas Ferreira
Enquanto o Brasil se destaca internacionalmente pela potência do setor agropecuário, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) busca obstaculizar a construção da Ferrovia do Grão, essencial para escoar a produção de grãos do Centro-Oeste até o porto de Miritituba, no Pará. Desde sua criação em 2004, o PSOL tem sido mais um obstáculo do que um aliado no desenvolvimento do país, frequentemente recorrendo à judicialização de questões como essa.
Entenda: O PSOL acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) com o intuito de estender por mais seis meses a suspensão do processo que questiona a ‘Ferrogrão’. Essa medida provocou críticas por parte das lideranças do agronegócio, que veem o projeto como vital para a redução dos custos logísticos, do campo ao porto.
A Partido argumenta que há “pontos cegos” que impedem uma decisão sobre o tema e defende a necessidade de mais tempo para finalizar os estudos sobre os possíveis impactos da construção da ferrovia. No entanto, essa prolongação da suspensão ameaça atrasar ainda mais o avanço logístico do país, como destacado pelo presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain.
A obra, que terá mais de 900 quilômetros de extensão, será importante principalmente para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do Centro-Oeste pelo Arco Norte do país, ligando Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA). Estão previstos investimentos de R$ 8,4 bilhões, exclusivos da iniciativa privada, sem aporte do caixa da União. No entanto, a judicialização do processo e as medidas para atrasar sua implementação, como o pedido de suspensão feito pelo PSOL, representam obstáculos significativos para o avanço desse importante empreendimento.
A opinião do advogado Francisco Torma, especialista em Agronegócio, ressalta a importância estratégica da Ferrovia do Grão e a lamentável burocratização do processo, que impacta negativamente a logística e a competitividade do setor agropecuário brasileiro. Enquanto isso, o país perde oportunidades e recursos devido à ineficiência logística, enquanto outros países continuam avançando.