Por Douglas Ferreira
A pressão sobre o presidente Lula para reconhecer a vitória de Edmundo González nas eleições venezuelanas está crescendo, especialmente com o apoio dos Estados Unidos e de outros países democráticos do Ocidente. Ex-presidentes e líderes mundiais também estão aumentando a pressão para que o Brasil adote uma posição clara contra o regime de Nicolás Maduro, cuja reeleição está sendo amplamente contestada.
Recentemente, 29 ex-chefes de Estado da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea) enviaram uma carta a Lula e ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pedindo que eles reconheçam oficialmente Edmundo González como o legítimo vencedor das eleições. Esses líderes destacaram as irregularidades e a repressão violenta por parte do governo venezuelano durante o processo eleitoral, apontando que 81% das atas de votação mostram González à frente com 67% dos votos, enquanto Maduro teria apenas 30%.
A questão tem gerado tensão na diplomacia brasileira, que ainda espera a divulgação oficial das atas eleitorais para tomar uma decisão. No entanto, há preocupações de que o regime chavista não cumpra com essa demanda, o que complica ainda mais a situação. A pressão dos Estados Unidos, que já reconheceu a vitória de González, tem colocado Lula em uma posição delicada, especialmente porque o Brasil, junto com o México e a Colômbia, tem buscado uma solução pacífica e consensual para a crise na Venezuela.
Enquanto o Brasil mantém uma postura cautelosa, as críticas internacionais se intensificam, destacando a importância de uma resposta firme para garantir a integridade democrática na região. A demora no reconhecimento dos resultados eleitorais por parte do Brasil é vista por muitos como um sinal preocupante de conivência com o regime autoritário, violento e criminoso de Maduro.
