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Publicado em: 17 junho 2024 às 22:58 | Atualizado em: 17 junho 2024 às 23:01

Presos suspeitos de preparar sequestro de Sergio Moro são encontrados mortos em São Paulo

Por Wagner Albuquerque com informações da CNN Brasil

Foto: Reprodução.

Dois suspeitos envolvidos no planejamento do sequestro do senador Sérgio Moro foram encontrados mortos nesta segunda-feira (17) na penitenciária de Presidente Venceslau, interior de São Paulo, conforme informações confirmadas por fontes ligadas à investigação à CNN. Janeferson Aparecido Mariano, conhecido como Nefo, foi encontrado sem vida no banheiro da unidade prisional, enquanto Reginaldo Oliveira Souza, apelidado de Rê, foi executado no pátio do presídio. Ambos eram réus na Operação Sequaz, que apura um plano de atentado para sequestrar Moro e outras autoridades, e as circunstâncias das mortes apontam para possível envolvimento com o PCC.

Segundo relatos da CNN, os homicídios ocorreram por volta das 12h30, pouco após os presos terem sido liberados para o banho de sol. Janeferson foi levado por três detentos até o banheiro da unidade, onde foi brutalmente agredido com golpes de faca. Logo em seguida, Reginaldo também foi capturado e morto no pátio da prisão. Após os crimes, os autores se identificaram e se entregaram à direção do presídio.

O plano de ataque contra Sérgio Moro remonta ao período em que ele ocupava o cargo de ministro da Justiça, sendo responsável pela transferência de líderes do PCC para presídios federais. A Polícia Federal investiga que a facção criminosa mantinha vigias para monitorar a residência do ex-juiz, assim como sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro, e seus filhos. Esse monitoramento incluía viagens fora do estado, com locações de imóveis estratégicos próximos aos endereços do senador.

Autoridades afirmam que pelo menos dez criminosos se revezavam nessa vigilância, cujas ameaças já eram investigadas desde janeiro de 2023 por forças de inteligência. Apesar das ameaças contínuas, foi somente após Moro se tornar senador, no ano passado, que medidas como o emprego de escolta da Polícia Legislativa em suas agendas e viagens foram autorizadas pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Lincoln Gakiya, promotor do Ministério Público de São Paulo especializado no combate ao PCC, foi quem primeiro teve conhecimento do plano e alertou a cúpula da Polícia Federal em Brasília, resultando na abertura de uma investigação oficial. Segundo a PF, a organização criminosa planejava ataques coordenados em São Paulo, Paraná, Rondônia, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, abrangendo diversas regiões simultaneamente.

Janeferson Aparecido Mariano Gomes, um dos suspeitos mortos, havia sido preso em março de 2023 por seu suposto envolvimento no plano de ataque contra o senador Sérgio Moro. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes e responsabilidades relacionadas ao caso.