Por Wagner Albuquerque
Nesta sexta-feira (12), o presidente Lula (PT) visitou uma unidade da JBS em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde acompanhou o embarque do primeiro lote de carne bovina destinado à China. Esta visita ocorre após recentes habilitações de empresas brasileiras para exportação ao país asiático.
O evento contou com a presença dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).
Relembrando o passado da JBS, em 2017, a empresa firmou um acordo de leniência com a Procuradoria-Geral da República (PGR), devolvendo R$ 250 milhões após delações dos irmãos Wesley e Joesley Batista, que mencionaram pagamentos de propina a políticos do PT. Ambos os irmãos enfrentaram prisão em 2018, assim como o atual presidente, por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Um dos momentos mais controversos envolvendo a empresa foi a gravação de Joesley com o então presidente Michel Temer, mencionando pagamentos a Eduardo Cunha, o que levou a acusações de corrupção contra Temer e resultou na prisão dos irmãos Batista e em multas expressivas para a J&F. O processo contra Temer foi posteriormente arquivado.
Em termos financeiros, a JBS enfrentou um impacto significativo, com uma perda de R$ 2,5 bilhões em valor de mercado em um único dia, devido a alegações de manipulação do mercado, que a empresa contesta com base em laudos da Fipecafi.
A crise também levou à renúncia de Wesley, Joesley e outros executivos de seus cargos nas empresas do grupo.
Além das investigações da Lava Jato, a JBS e a J&F também foram alvo de outras operações, como a Carne Fraca e Bullish, relacionadas a irregularidades em normas sanitárias e ao apoio financeiro do BNDES.
