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Publicado em: 8 junho 2024 às 19:02 | Atualizado em: 8 junho 2024 às 19:07

Presidente do BC, Campos Neto, enfatiza que a convergência da dívida é a principal preocupação da instituição; entenda

Por Wagner Albuquerque

Presidente do Banco Central do Brasil. Foto: Reprodução.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o que mais importa para a autoridade monetária é que haja uma convergência da dívida fiscal do Brasil, e não tanto as medidas que são tomadas no dia a dia do Ministério da Fazenda.

Durante painel em evento do Esfera Brasil realizado em Guarujá, litoral de São Paulo, Campos Neto defendeu o sistema de metas do Banco Central baseado no horizonte relevante de 12 a 18 meses. “Pra gente é importante a sustentabilidade”, disse.

“Às vezes as pessoas olham muito a inflação corrente, mas se o Banco Central fizesse política monetária olhando a inflação corrente, seria como dirigir um carro olhando o retrovisor. Você vai bater o carro”, disse Campos, ao defender a tomada de decisão com base nas expectativas de inflação dos agentes econômicos, que segundo ele são “bem racionais”.

O presidente do BC ainda lembrou que foi contra as desonerações para baixar o preço da gasolina adotadas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“A gente faz uma desoneração, o preço abaixa hoje e aí eu tenho que aumentar o preço no ano que vem de novo se for feito de uma forma artificial. E, no final das contas, eu estou transferindo uma inflação presente para uma inflação futura”, afirmou.