Por Douglas Ferreira
O cenário do crime organizado e facções criminosas não se limita mais ao eixo Rio/São Paulo, espalhando-se por todo o país e estabelecendo sua presença no Nordeste. Na linguagem do crime, a região está ‘dominada’, com o narcotráfico expandindo suas atividades dos centros urbanos para o interior do sertão nordestino. Essas organizações criminosas atuam em diversas frentes, não se restringindo apenas ao tráfico de drogas, mas também envolvendo-se em assaltos a bancos e sequestros.
Um exemplo recente ocorreu no município de Santa Maria de Cambucá, no Agreste pernambucano, onde o prefeito Nelson Sebastião (PSB), sua esposa, o filho dele e um sobrinho foram vítimas de um sequestro relâmpago, cárcere privado, espancamento e roubo por uma quadrilha armada. O crime, ocorrido no sábado, 27, veio a público nesta segunda-feira, 29, após divulgação feita pela Associação Municipalista de Pernambuco – Amupe.
A cidade de Santa Maria de Cambucá, com cerca de 14 mil habitantes, encontra-se a 137 quilômetros do Recife. A Polícia Civil de Pernambuco está conduzindo as investigações sobre o caso por meio da Delegacia de Limoeiro, também no Agreste pernambucano.
Nelson Sebastião, por meio de suas redes sociais, emitiu um comunicado detalhando o ocorrido e agradecendo pelo apoio recebido. O prefeito relatou que foi surpreendido por quatro criminosos armados enquanto retornava para casa por volta das 22h. A família foi levada para a residência, onde passaram por momentos angustiantes, sendo agredidos e revirados em busca de dinheiro.
O gestor ressaltou que, devido à insegurança, já havia solicitado reforços na segurança pública para o município em julho de 2023. A Polícia Civil tratou o incidente como “sequestro/prisão privada”, e as investigações estão em andamento.
A Amupe repudiou veementemente a situação e se solidarizou com o prefeito e sua família, pedindo celeridade nas investigações e colocando-se à disposição para colaborar com as autoridades competentes.
A escalada da violência na região, inclusive no Piauí
A pergunta que se faz é: a quem podemos recorrer uma vez que o Estado parece falhar na questão da segurança pública? Por que as forças de segurança não agem preventivamente? Na capital do Piauí ocorreram quatro homicídio em menos de 24 horas, no último domingo, 28. A violência está se tornando comum numa capital que era conhecida, até pouco tempo, por ser uma cidade pacata. A que se deve essa escalada da criminalidade? Por que hoje mata-se tanto no Piauí? Por que as facções não são combatidas?
Vamos então tentar entender essa situação calamitosa
Essa série de questionamentos evidencia a crescente preocupação com a segurança e a escalada da criminalidade na capital do Piauí. A busca por respostas se intensifica diante dos quatro homicídios ocorridos em menos de 24 horas no último domingo, um cenário que contrasta com a imagem anterior de uma cidade conhecida por sua pacatez.
As questões que surgem naturalmente incluem a falta de ação preventiva por parte das forças de segurança, a razão por trás do aumento da violência no Piauí e a aparente dificuldade do Estado em combater as facções criminosas. ‘Algo de errado não está certo’. Faltam recursos, contingente, armamento, viaturas? Ou uma política de segurança eficiente?
Estes questionamentos refletem a inquietação diante da realidade atual, instigando a busca por soluções e respostas para entender os motivos por trás do aumento da criminalidade. A comunidade espera entender como as autoridades planejam abordar esses desafios e restaurar a segurança pública na região.