Por Douglas Ferreira
Diante das preocupações suscitadas por informações contraditórias e suspeitas de fraudes relacionadas às doações destinadas às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, a direção central das Testemunhas de Jeová tomou uma medida drástica. As congregações estão sendo orientadas a não contribuir com campanhas de arrecadação de fundos e a não enviar dinheiro diretamente para os afetados.
A liderança religiosa sugere que os fiéis que desejem ajudar redirecionem suas doações para o Pix da própria igreja. Em uma carta cuja autenticidade foi confirmada, a liderança instrui os membros a não realizarem doações por conta própria e a não participarem de vaquinhas virtuais, citando a incerteza sobre a destinação dos valores arrecadados.
A orientação abrange apenas as congregações de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, as quais foram mobilizadas para coordenar as doações. A carta assegura que cerca de 2.000 fiéis afetados pelas enchentes já estão recebendo assistência adequada.
Além disso, o comunicado recomenda que os membros aceitem apenas a ajuda proveniente de programas governamentais. A liderança enfatiza aos anciãos responsáveis pela administração das congregações a importância de uma ajuda em situações de desastre organizada e eficiente, visando evitar duplicação de esforços e desperdício de recursos.
Os Testemunhas de Jeová ressaltam seu compromisso em utilizar os donativos de forma criteriosa, evitando confusões e desperdícios frequentemente associados à atuação individual dos membros.
Em resposta, o Departamento de Informações ao Público (DIP) dos Testemunhas de Jeová destacou que, diante dos alertas sobre golpes financeiros e desinformação envolvendo as ajudas aos desabrigados, procuram orientar aqueles interessados em fornecer ajuda humanitária de maneira organizada.
No entanto, a instituição afirma que cada Testemunha de Jeová tem autonomia para decidir se e como irá apoiar as campanhas de ajuda humanitária, independentemente da forma como são prestadas.