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Publicado em: 19 julho 2023 às 22:37 | Atualizado em: 20 julho 2023 às 09:57

Policiais rodoviários vão a júri pela morte de Genivaldo, decide TRF5

Após abordagem eles mataram por asfixia Genivaldo de Jesus dentro da viatura

A decisão de primeira instância da Justiça Federal, em Sergipe, foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5. Com isso os três policiais rodoviários federais denunciados pelo Ministério Público Federal – MPF, pela morte de Genivaldo de Jesus Santos vão ser submetidos ao Tribunal Popular do Júri.

Genivaldo de Jesus foi morto durante abordagem em Umbaúba/SE, no dia 25 de maio de 2022. Os três agentes vão ser julgados pelos seguintes crimes: homicídio triplamente qualificado e tortura.

Genivaldo de Jesus foi morto numa espécie de câmara de gás – Foto: Reprodução

Genivaldo foi morreu depois de sofrer abordagem violenta dos policiais

A 5ª Turma do TRF5 negou recursos da defesa dos agentes Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia. E ainda, manteve os policias em prisão preventiva.

Em abril, o Ministério Público Federal também havia recorrido para que os réus fossem julgados, ainda, pelo crime de abuso de autoridade. Mas, a Justiça Federal negou o pedido.

Entenda o caso

Em outubro de 2022, o MPF denunciou os policiais rodoviários federais Paulo Rodolpho Lima Nascimento, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas. Na denúncia, o MPF afirma que as provas reunidas durante a investigação policial comprovaram que os policiais submeteram Genivaldo de Jesus Santos a “intenso sofrimento físico e mental durante rotineira fiscalização de trânsito, impondo-lhe, na sequência, uma ilegal prisão em flagrante e, ao final, causando a sua morte por asfixia, quando Genivaldo já se encontrava detido e imobilizado no ‘xadrez’ da viatura da Polícia Rodoviária Federal”.

No entendimento do MPF, os três agentes contrariaram normas, manuais e o próprio padrão operacional adotado pela PRF. E executaram múltiplos atos de violência contra Genivaldo de Jesus, que estava sob a autoridade deles enquanto policiais rodoviários federais.