Por Douglas Ferreira
Em decorrência da Operação Jogo Sujo, que resultou na prisão do influenciador digital Ítalo Bruno, de sua família e outras pessoas, a Polícia Civil do Piauí está investigando outros influenciadores que também estariam envolvidos na prática de rifas pelas redes sociais. Mais de cinco influenciadores estão sendo investigados na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), em Teresina, por rifas online e jogos de azar.
Essa prática delitiva é na configura na verdade uma contravenção penal. O delegado, Humberto Mácola, da DRCI, revelou que essas investigações são desdobramentos da Operação Jogo Sujo. Essa operação foi deflagrada em 11 de janeiro e visa investigar a lavagem de dinheiro.
“Por mais superficial e popular que essa prática seja, ela é uma contravenção penal, e a Polícia Civil não pode ficar de olhos fechados diante disso. Então essa investigação vai continuar até que sejam identificadas outras pessoas que estejam fazendo essa prática ilegal. Existem algumas pessoas que já estão sendo investigadas aqui na DRCI, alguns perfis já identificados”, destacou o delegado.
Ele ressaltou ainda que qualquer perfil que anuncie ou incentive jogos de azar também será investigado. “A pessoa será chamada, e esse perfil pode vir a ser bloqueado se estiver fazendo algum tipo de ação ilegal. Não só esses, mas qualquer outro perfil que esteja incentivando o crime ou praticando o crime, nós iremos atrás sim”, afirmou.
Qualquer um do povo pode denunciar a prática criminosa registrando um boletim de ocorrência ou através da ouvidoria 181. “Se você tiver informações de outros perfis que façam qualquer tipo de rifa, entre em contato conosco”, concluiu Humberto Mácola.
Operação Jogo Sujo
A Operação Jogo Sujo teve início em agosto de 2023 e foi deflagrada em janeiro deste ano, focando nos jogos de azar, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Dez pessoas foram presas, incluindo Ítalo Bruno, que colaborou com a investigação por meio de uma colaboração premiada. Ele revelou detalhes sobre o esquema criminoso.
Cinco pessoas, incluindo Ítalo Bruno e sua família, fizeram acordo com a Polícia Civil, enquanto outras seis continuam sendo investigadas. O influenciador recebeu benefícios em troca de informações e a entrega de bens adquiridos de forma ilegal, estimados em R$ 5 milhões.
Bruno obteve também autorização para retornar às redes sociais. Ao deixar a polícia no último dia 23, ele usou as redes sociais para anunciar a criação de seu novo perfil no Instagram.