A situação da Segurança Pública no Piauí é motivo de grande preocupação. O aumento exponencial da criminalidade tanto na capital, Teresina, quanto no interior do Estado assusta não só os Órgãos de Segurança, mas sobretudo, a população que sofre, na pele, os efeitos diretos da violência.
A escalada da criminalidade, incluindo assassinatos em plena luz do dia nas ruas da capital, Teresina, é alarmante e afeta diretamente a sensação de segurança da população. O clima é de desespero, uma vez que na maioria dos bairros da periferia, dominada pelas facções, há toque de recolher e ameaças a motoristas de aplicativos, taxistas e entregadores.
As facções não escondem a presença na área e para demonstrar poder pixam avisos em muros ameaçando quem passa pelo local. As frases vão desde “Abaixem os vidros” até “Aqui é 1533” (números que identificam a sigla PCC no alfabeto). Cada facção se manifesta no bairro ou zona dominada por ela. A demarcação de território é simples, basta uma pixação: “Aqui é CV” (marca do Comando Vermelho). Tem ainda o “Bonde dos 40” (uma facção com origem nos presídios de São Luís do Maranhão).
As facções dominam também cidades pólos no interior do Estado
Além disso, a cidade de Parnaíba, localizada no litoral, enfrenta desafios significativos devido à vulnerabilidade do município em relação ao mar e à a proximidade com as fronteiras do Ceará e do Maranhão, o que a torna um centro de distribuição de drogas.
No litoral a ação das polícias Civil, Militar e até mesmo da Polícia Federal que possui uma Delegacia, em Parnaíba, parece não ser suficiente para combater de forma eficaz o tráfico e as facções. Apesar dos esforços de ambas as polícias as facções parecem não se intimidarem e agem abertamente. Rara é a semana que não há um crime violento envolvendo faccionados.
O avanço do tráfico e das facções para o interior do Estado é forte e contínuo. Floriano, São Raimundo Nonato são municípios onde já há registro de crimes cometidos por fações criminosas. A cidade de Picos, no Norte vive na atualidade uma ‘explosão’ de crimes de facções. E essa é uma tendência preocupante.
A resposta das autoridades estaduais veio finalmente, esta semana, como o envio de um reforço policial para Picos. Esse é um passo positivo na tentativa de lidar com essa situação. A Secretaria de Segurança e a PM enviaram reforços que deverão atuar por um mês no combate às facções criminosas que agem e matam impiedosamente.
“São policiais civis para acelerar as investigações, o andamento dos inquéritos policiais; e PMs para aumentar o policiamento ostensivo, fazer blitzen e aumentar a sensação de segurança. Esse trabalho iniciou hoje, mas já mostra resultado com prisões e apreensão”, disse Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas.
A cooperação entre as polícias Civil e Militar é essencial para combater o tráfico de drogas e a criminalidade em geral. No entanto, é importante lembrar que a Segurança Pública não é responsabilidade apenas das forças policiais, mas requer esforços coordenados de várias áreas, incluindo Educação, Assistência Social e prevenção do crime.
É fundamental que as autoridades continuem trabalhando para enfrentar esses desafios e garantir a segurança e o bem-estar da população do Piauí. Além disso, é importante que a comunidade esteja envolvida no combate à criminalidade, denunciando atividades suspeitas e apoiando iniciativas de prevenção do crime. A Segurança Pública é uma responsabilidade compartilhada que requer a colaboração de todos os setores da sociedade.
Por Douglas Ferreira