Por Wagner Albuquerque
A atual situação meteorológica, além de representar um sério risco de incêndios florestais, impõe ameaças à saúde humana, manifestadas através do ressecamento da pele e desconforto nos olhos, boca e nariz.
Conforme indicado nas previsões, nas regiões sob o aviso laranja, a umidade deve variar de 20% a 12%. Já nas áreas abrangidas pelo alerta amarelo, a umidade deve oscilar entre 30% e 20%. Diante desse cenário desafiador, a população é aconselhada a ingerir líquidos abundantemente, utilizar hidratantes para a pele, manter ambientes umidificados e evitar exposição solar ou atividades físicas nas horas mais quentes do dia.
A climatologista responsável pelas análises, Sara Cardoso, destaca que o volume de chuvas registrado não foi suficiente para repor a água evaporada do solo e da transpiração das plantas (evapotranspiração) de volta à atmosfera. Esse vapor d’água desempenha um papel crucial na formação de nuvens e na regulação do padrão de chuvas.
Contudo, as previsões apontam para a continuidade de chuvas abaixo da média até janeiro, quando há a possibilidade de atingirem a média ou até mesmo superá-la. A especialista explica que esse padrão é influenciado pelo fenômeno El Niño, que se manifesta principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O ápice desse fenômeno está previsto para dezembro e parte de janeiro.
De acordo com a climatologista, as chuvas em dezembro serão atípicas, abaixo da média, e as temperaturas permanecerão elevadas, com médias entre 36,5°C e 36,8°C, dependendo da localidade. Mesmo com as chuvas previstas para a segunda quinzena de dezembro, espera-se que elas ocorram de maneira irregular, com impacto limitado na umidade e na redução da temperatura.
A meteorologista alerta que a melhora significativa nas condições climáticas, especialmente em relação à umidade e à temperatura, só deve ocorrer na segunda metade de dezembro. Até lá, a população é orientada a tomar precauções necessárias diante das condições desafiadoras previstas.
Diante das condições de baixa umidade, é crucial que a população adote medidas preventivas para minimizar os impactos na saúde e no bem-estar. Aqui estão algumas precauções recomendadas:
- Hidratação Adequada: Aumente a ingestão de líquidos, especialmente água, para compensar a rápida evaporação e reduzir o risco de desidratação.
- Uso de Hidratantes: Aplique regularmente cremes hidratantes para a pele, a fim de evitar o ressecamento e a irritação.
- Umidade nos Ambientes: Utilize umidificadores de ar em ambientes internos para manter níveis adequados de umidade, contribuindo para o conforto respiratório.
- Evite Exposição Solar Prolongada: Reduza o tempo de exposição ao sol, principalmente durante as horas mais quentes do dia, para evitar problemas como queimaduras e irritações na pele.
- Proteção para Olhos, Boca e Nariz: Utilize óculos de sol, lábios balm e, se necessário, máscaras para proteger os olhos, boca e nariz contra o ressecamento.
- Roupas Adequadas: Opte por roupas leves e frescas, que permitam a transpiração e ajudem a minimizar o desconforto causado pela baixa umidade.
- Evite Atividades Físicas Intensas: Reduza a intensidade das atividades físicas, especialmente ao ar livre, durante os períodos de baixa umidade para evitar a exaustão e problemas respiratórios.
- Cuidados com Crianças e Idosos: Mantenha especial atenção às necessidades de hidratação e conforto de crianças e idosos, que podem ser mais vulneráveis aos efeitos adversos da baixa umidade.
- Alimentação Saudável: Consuma alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, para auxiliar na hidratação interna do corpo.
- Monitoramento da Saúde: Esteja atento a sinais de desconforto, como irritação nos olhos, ressecamento excessivo da pele e problemas respiratórios. Em caso de sintomas persistentes, procure orientação médica.