Por Douglas Ferreira
A situação vexatória do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ganha novos contornos à medida que a Polícia Federal (PF) revela detalhes comprometedores. Mesmo com a defesa de Juscelino acionando o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir o arquivamento das denúncias de corrupção, a PF sustenta que o ministro monitorava licitações fraudulentas, agravando a situação dele.
Juscelino Filho é acusado de desvios de emendas parlamentares durante o mandato como deputado federal. As investigações indicam que ele influenciava processos de contratação para obras públicas em Vitorino Freire (MA), município administrado por sua irmã, Luanna Martins Bringel Rezende Alves. Mensagens trocadas entre Juscelino e o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como “Eduardo DP”, sugerem que o então deputado controlava as licitações.
A PF revelou que as fraudes nas licitações beneficiaram a empresa Construservice, cujo sócio oculto era Eduardo DP. A prefeita de Vitorino Freire, Luanna Rezende, refutou as alegações, afirmando que a participação do irmão, Juscelino Filho, se limitou à indicação de emendas parlamentares.
Juscelino foi indiciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Os recursos desviados teriam sido usados para asfaltar uma estrada que beneficia uma fazenda de sua propriedade em Vitorino Freire. O relatório da PF foi encaminhado ao STF, e a Procuradoria-Geral da República deve se pronunciar sobre o caso.
A defesa de Juscelino Rezende Filho nega quaisquer irregularidades, alegando que as conversas mencionadas ocorreram antes dos processos licitatórios. Contudo, as revelações da PF complicam ainda mais a situação do ministro, que enfrenta uma crise crescente.
