Por Douglas Ferreira
Em uma nova investida da Polícia Federal contra a lavagem de dinheiro vinculada ao narcotráfico, o Estado do Piauí mais uma vez está envolvido. A operação em andamento revela a sofisticação do esquema adotado pelos traficantes para dar uma aparência legal aos recursos provenientes do tráfico de drogas.
O Piauí, antes apenas uma rota, agora se tornou um importante centro de consumo e distribuição de entorpecentes. Além disso, a região litorânea do Estado abriga atualmente uma organização criminosa responsável pela comercialização e lavagem do dinheiro proveniente do narcotráfico.
A Operação LED foi deflagrada nesta quarta-feira, 7, pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Piauí (FICCO/PI), envolvendo mais de 60 policiais. O objetivo é cumprir 24 mandados judiciais expedidos pela Central de Inquéritos de Parnaíba. Do total, 12 são de prisão temporária e 12 de busca e apreensão em municípios dos Estados do Piauí (Luís Correia), Ceará (Maracanaú), Maranhão (São Luís), São Paulo e Rondônia.
As investigações revelaram que o dinheiro obtido com o tráfico de drogas era submetido a uma série de operações financeiras, incluindo depósitos, transferências e saques, utilizando contas tanto dos investigados quanto de terceiros. Esse dinheiro era posteriormente utilizado pela facção criminosa para pagar fornecedores na fronteira.
A FICCO/PI é uma força integrada composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Polícia Rodoviária Federal do estado, que adota um modelo cooperativo visando à integração de diversos órgãos do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).
Essas ações têm como foco a prevenção e repressão à criminalidade violenta, especialmente o combate a facções criminosas, tráfico de drogas e armas, além de delitos como furto, roubo, receptação de cargas e valores, lavagem de dinheiro e crimes correlatos, de acordo com a legislação penal vigente.