Por Wagner Albuquerque
No primeiro trimestre de 2024, a Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, uma queda de 38% em relação ao mesmo período do ano anterior, e 23,7% menor em comparação ao quarto trimestre de 2023. A empresa explicou que a queda foi causada principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar e pela redução nas vendas de óleo e derivados. Segundo Sergio Leite, diretor financeiro, esses fatores afetaram significativamente os resultados, mas não impactaram o caixa da companhia.
O Ebitda ajustado no trimestre foi de R$ 60 bilhões, uma redução de 17,2% em relação ao ano anterior, e sem itens não recorrentes, o lucro seria de R$ 23,9 bilhões, abaixo da expectativa dos analistas. A receita de vendas no trimestre foi de R$ 117,7 bilhões, uma queda de 15,4%. No entanto, a produção de petróleo no Brasil aumentou 4,4%, com uma média de 2,2 milhões de barris por dia, impulsionada pelo início de operação de novas plataformas em 2023. A dívida bruta da Petrobras era de US$ 61,8 bilhões, uma redução de 1,2% em relação ao final de 2023.
A Petrobras anunciou o pagamento de R$ 13,4 bilhões em dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP), equivalente a R$ 1,04 por ação. Os pagamentos serão feitos em duas parcelas: a primeira em 20 de agosto de 2024 como JCP e a segunda em 20 de setembro de 2024, sendo parte em dividendos e parte em JCP. Este pagamento antecipa a remuneração aos acionistas referente ao exercício de 2024, demonstrando o compromisso da Petrobras com a distribuição de lucros aos seus investidores.