Por Douglas Ferreira
O município de Luís Correia, localizado no litoral do Estado, foi alvo de duas operações conduzidas pela Força Integrada de Combate a Organizações Criminosas no Piauí – FICCO/PI, uma delas, a Operação Volt, em parceria com o Ministério Público. Uma operação focou na investigação de lavagem de dinheiro relacionada ao narcotráfico, enquanto a outra teve como alvo agentes públicos envolvidos em práticas corruptas.
Entre os investigados nesta última operação está o secretário de Finanças municipal, Pedro Júnior Fontenele Brito, que também é filho da prefeita, Maninha Fontenele. A prefeitura, mesmo solicitada, não emitiu nenhuma declaração oficial sobre o assunto até o momento.
Segundo a FICCO, a residência de Pedro Júnior teria sido alvo das ações da operação. O delegado da Polícia Federal Albert Paulo Sérvio de Mourão, coordenador da FICCO, explicou que os alvos participavam de um esquema que envolvia o superfaturamento de obras e serviços, com parte do valor pago pela prefeitura sendo desviado.
A Operação Volt, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), teve como foco desvios de recursos públicos na prefeitura de Luís Correia e o pagamento de propina.
“O objetivo é apurar e coibir desvio de recursos públicos pertencentes ao município de Luís Correia. A investigação aponta irregularidades no projeto de contrato firmado pelo município com a empresa privada responsável pela prestação de serviço de manutenção da iluminação pública do município e a evidência de pagamento de propina. A operação tem como alvo agentes públicos, empresários e alguns particulares e ela visa tampar esses desvios de recursos públicos, bem como coletar material a convalidar esses elementos de prova já acolhidos pela investigação”, informou o promotor Adriano Fontenele.
A operação conjunta entre o Ministério Público do Estado do Piauí (MP/PI) e a FICCO visou cumprir mandados de busca, apreensão, prisão e sequestro de bens em Luís Correia, Parnaíba e Teresina. A investigação tem como objetivo apurar desvios de recursos públicos destinados ao serviço de iluminação pública do município, envolvendo crimes como fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
