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Publicado em: 15 fevereiro 2024 às 19:13 | Atualizado em: 16 fevereiro 2024 às 09:19

Os dois membros do CV que 'fugiram' da segurança máxima em Mossoró são incluídos na lista da Interpol

Por Douglas Ferreira

Rogério e Deibson agora são procurados pela Interpol, a polícia internacional – Foto: Reprodução

A sociedade brasileira ainda está perplexa com a fuga dos dois narcotraficantes ligados ao Comando Vermelho do Acre, da penitenciária de segurança máxima em Mossoró, Rio Grande do Norte. Após afastar a direção do presídio e nomear um interventor, o Ministério da Justiça tomou uma medida adicional incluindo os nomes dos fugitivos na lista da Interpol, a Organização Internacional de Polícia Criminal, que facilita a cooperação policial global e o combate ao crime.

O objetivo dessa inclusão é emitir um alerta às autoridades de outros países sobre os riscos iminentes à segurança pública e ao controle de fronteiras. Os fugitivos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que escaparam da penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró, foram adicionados ao Sistema de Difusão Laranja da Interpol.

As investigações realizadas até o momento pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), em colaboração com a Polícia Federal, revelaram que a fuga dos membros do Comando Vermelho ocorreu por volta das 3h da madrugada do dia 14 de fevereiro. Os dois escalaram uma das luminárias e acessaram o telhado, cortando em seguida a cerca e pulando para a área externa. Devido à ausência de um muro de contenção na penitenciária, os fugitivos conseguiram escapar rapidamente.

Contudo, antes de obterem sucesso na fuga inédita em presídios federais no Brasil, Rogério da Silva e Deibson Cabral conseguiram, de forma ainda inexplicável, passar por pelo menos três portas – a da cela, do corredor e do pátio. O mais intrigante é que isso ocorreu sem serem detectados pelo sistema de circuito fechado de TV (CFTV).

Diante dessa situação, a Polícia Federal não descarta a possibilidade de cooptação ou falha humana, o que poderia explicar a facilidade com que os fugitivos realizaram uma série de ações em meio a medidas destinadas a impedir fugas em instalações federais.

Reforço na segurança

Após a fuga, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou medidas para reforçar a segurança em cinco presídios federais. Isso inclui mais alarmes, agentes de segurança extras, melhorias nas entradas com reconhecimento facial e construção de muros.

Ele falou sobre a fuga de dois presos do presídio federal de Mossoró (RN) durante uma entrevista coletiva. Lewandowski disse que os fugitivos provavelmente ainda estão perto da prisão, já que não foram vistos veículos envolvidos na fuga.

Ele considerou a fuga como algo imprevisto, atribuindo-a a obras em andamento na prisão. Lewandowski enfatizou que os presídios federais são seguros e que as pessoas podem confiar no sistema.