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Publicado em: 11 janeiro 2024 às 13:07

Operação Jogo Sujo: Influenciador e facção criminosa sob investigação por lavagem de dinheiro e 'rifas' online

Por Douglas Ferreira

O ditado é claro: dinheiro não brota em árvores, e não existe almoço grátis. Portanto, mantenha-se cético sempre que alguém surgir da noite para o dia exibindo riqueza nas redes sociais e na vida real. A onda de influenciadores virtuais que enriquecem rapidamente, muitas vezes associados ao crime, torna-se cada vez mais comum em todo o país. Infelizmente, muitos desses indivíduos aparecem mortos, e frequentemente a polícia luta para descobrir a motivação por trás desses eventos.

Hoje, a Polícia Civil realizou a operação “Jogo Sujo”, cumprindo 15 mandados de prisão, busca e apreensão. A ação resultou na apreensão de veículos de luxo, incluindo um Porsche e uma BMW. O principal alvo foi o influenciador Ítalo Bruno, conhecido como Brunin, que exibe ostentação nas redes sociais e na cidade.

Descubra mais sobre a operação “Jogo Sujo”: Influenciador é suspeito de ‘lavar’ cerca de R$ 4 milhões de facção criminosa com ‘rifas’ online.

Onze pessoas, incluindo Ítalo Bruno Nunes e Silva, foram presas pela Polícia Civil em Teresina, sob acusações de lavagem de dinheiro, organização criminosa e jogos de azar. As penas associadas a esses crimes podem chegar a 18 anos de prisão. A suspeita é de que estivessem utilizando “rifas” online para aparentemente legitimar dinheiro proveniente de atividades criminosas de facções que agem no Estado do Piauí.

A defesa de Ítalo informou que ele prestará todas as informações necessárias à polícia. As investigações revelaram que o dinheiro estava sendo movimentado por uma pessoa ligada a uma facção criminosa no sistema prisional.


“O dinheiro era movimentado por uma pessoa do sistema prisional que é faccionada e que, possivelmente, o alvo da operação lavava dinheiro pra essa facção criminosa”, declarou o delegado da Polícia Civil do Piauí, Matheus Zanatta.


O influenciador, alvo de várias denúncias anônimas, apresentava inconsistências em suas informações financeiras, declarando uma renda mensal de R$ 2 mil, enquanto ostentava ganhos de R$ 2 milhões em poucos meses, conforme divulgado por ele mesmo nas redes sociais. Utilizando um site próprio, o influenciador organizava “rifas”, mas a polícia identificou irregularidades, como falta de transparência nos resultados e bens que não estavam registrados em nome dos supostos ganhadores.

A vida de ostentação é a marca registrada do influencer – Foto: Reprodução