Por Douglas Ferreira
A Organização das Nações Unidas (ONU) tem se esforçado para promover um cessar-fogo em Gaza. Entretanto, a credibilidade da ONU tem sido abalada, especialmente após a descoberta de apoio e túneis ligados ao seu escritório na Palestina. O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução proposta pelos Estados Unidos para um cessar-fogo em Gaza, que recebeu 14 votos a favor e uma abstenção. O plano está dividido em três fases e prevê uma trégua, a retirada de Israel das áreas densamente povoadas do enclave palestino e a libertação de reféns.
O Conselho de Segurança realizou uma reunião de emergência sobre o risco de fome e os ataques a trabalhadores humanitários em Gaza. A resolução aprovada saúda a proposta de trégua e libertação de reféns anunciada pelo presidente Joe Biden em 31 de maio, e exige que Israel e o grupo terrorista Hamas implementem os termos sem demora.
O plano, já aceito por Israel, aguarda a aprovação do Hamas e inclui um cessar-fogo de seis semanas, a retirada israelense de áreas densamente povoadas de Gaza, a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas e de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
Apesar de Biden ter indicado que o plano se originou de Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou sua intenção de continuar o conflito até derrotar o Hamas. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro e a resposta israelense, o Conselho de Segurança tem enfrentado dificuldades para apresentar uma posição unificada sobre o conflito. Após duas resoluções focadas principalmente na ajuda humanitária, finalmente, no final de março, exigiu um “cessar-fogo imediato” durante o Ramadã, com a abstenção dos Estados Unidos.