Por Douglas Ferreira
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou suas projeções para o crescimento econômico do Brasil, apontando para uma recuperação gradual, apesar dos desafios como os juros elevados e a pressão inflacionária. Segundo a OCDE, o PIB brasileiro deve registrar um aumento de 1,9% em 2024, superando a previsão anterior de 1,8%. Esse crescimento é impulsionado pelo vigor do emprego, aumentos salariais e uma redução na inflação, alimentando o consumo das famílias como o principal motor do crescimento, especialmente neste ano.
Além disso, a OCDE também melhorou suas projeções para 2025, esperando um crescimento econômico do país de 2,1%. No entanto, alerta para os riscos de baixa, incluindo tensões geopolíticas e um crescimento mais lento na China, que podem afetar a demanda externa, bem como desequilíbrios fiscais que podem levar a pressões inflacionárias.
A OCDE enfatiza a importância da consolidação fiscal no Brasil para restaurar a confiança nas finanças públicas, destacando a necessidade de cumprir as metas fiscais e implementar reformas no arcabouço fiscal para melhorar a sustentabilidade da dívida. Além disso, a organização prevê uma queda na inflação para 4,0% este ano e 3,3% no próximo, permitindo cortes adicionais nas taxas de juros, com a Selic chegando a 8,75% até o final de 2024 e 8,25% até o segundo semestre de 2025.
Globalmente, a OCDE também revisou para cima suas projeções de crescimento econômico, indicando sinais de melhora nas perspectivas globais, embora o ritmo de crescimento ainda seja modesto. A organização espera que a economia mundial cresça 3,1% em 2024 e 3,2% em 2025. Essas revisões também se aplicam a outras economias importantes, como os EUA, a zona do euro e a China.